quinta-feira, 27 de maio de 2010

Aparecida acolhe 2ª Peregrinação das Famílias neste fim de semana


Da Redação, com CNBB


A família é o fator favorável ao desenvolvimento da sociedade, por isso ela deve ganhar mais ''visibilidade e respeito'', diz Dom Petrini
“A família é um bem para a sociedade”, afirmou o bispo auxiliar de Salvador (BA) e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, nesta quarta-feira, 26. Em entrevista à CNBB, o bispo destacou a importância da 2ª Peregrinação Nacional das Famílias, que acontece neste final de semana (29 e 30), em Aparecida (SP), com o tema “Família, formadora de valores humanos e cristãos”.

“Esse evento marca a importância da família para a sociedade brasileira e é indispensável que ele aconteça, pois é um valor que se propaga para todas as instâncias da sociedade”, declarou.

Dom Petrini explicou os objetivos da peregrinação e apontou dois valores principais do evento. “O primeiro grande valor da Peregrinação diz respeito à proteção das famílias agredidas pelos projetos de lei e pelas culturas dominantes na sociedade contemporânea”. O segundo grande valor, diz o bispo, “está direcionado à conscientização da sociedade sobre os reais valores do matrimônio como sacramento da Igreja Católica, da responsabilidade conjugal e de criação dos filhos”, completou.

De acordo com o bispo, a família é o fator favorável ao desenvolvimento e crescimento da sociedade, por isso ela deve ganhar mais “visibilidade e respeito”. “Sem a união e os valores preservados da família, a sociedade não desenvolve. É justamente por isso que queremos, através da Peregrinação Nacional das Famílias, dar visibilidade a esse bem. A peregrinação é importante para toda a sociedade, pois com a sua visibilidade, o Estado passa a perceber o quanto ela merece a centralidade para o desenvolvimento do país”.

Além da visibilidade, Dom Petrini avalia também que a Peregrinação da Família dá destaque à família como inibidora da violência e condutora da paz, propiciando outro bem para o Estado e para a sociedade. “A família bem estruturada tem o poder de conter problemas de conduta, sejam dos jovens, sejam dos adultos. Uma família cristã é capaz de propagar a paz e o Estado e a sociedade é que ganham com isso. Quanto maior a presença da família cristã, melhor é para a sociedade”, garantiu.

Missas

No sábado, 29, a primeira Missa da Peregrinação acontece às 18h e será celebrada pelo Arcebispo de Aparecida (SP), Dom Raymundo Damasceno Assis.

No domingo, ao longo de todo o dia serão celebradas sete Missas. Às 5h30 da manhã, o bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, celebra a primeira Missa. Às 8h, a Missa será presidida pelo Cardeal arcebispo de São Paulo (SP), Dom Odilo Pedro Scherer. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa celebra às 10h. Ao meio dia é a vez de Dom João Carlos Petrini.

Abre o período da tarde o bispo responsável pela Pastoral Familiar no Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo), Dom Paulo Roxo. O Bispo de Jataí (GO), Dom José Luiz Majella Delgado celebra às 16h. E, por fim, encerra com a última missa, o Bispo de Santo André (SP) e presidente do Regional Sul 1, da CNBB, Dom Nelson Westrupp.

1ª Peregrinação Nacional das Famílias

A primeira Peregrinação aconteceu no dia 24 de maio de 2009 e reuniu 130 mil pessoas no Santuário Nacional de Aparecida, sendo que pelo menos 40 mil participaram diretamente do evento. Na ocasião, o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, Dom Orlando Brandes, afirmou que o evento tinha por objetivo “despertar o brasileiro para o valor  e a centralidade da família diante de tantas crises que passamos na atualidade”. Ele disse ainda que “esse evento só vem confirmar a necessidade de defender a família, fortalecer, ajudar e apoiar os congressistas para observarem o seu valor primordial, para que assim eles possam ter base para aprovar urgentemente as causas de tão importante parcela da população brasileira”.

quarta-feira, 26 de maio de 2010



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O casamento se inicia no namoro equilibrado

Deus estruturou a humanidade na família

O que Deus quer do casamento, da família?
Quando o Deus Pai quis que a humanidade existisse, Ele estruturou tudo na família, com o casal. O Senhor fez o homem, mas viu que seu coração estava vazio e disse a Adão: “Eu vou te dar uma companheira adequada” (Gên 2, 18c). Quando Ele fez a mulher da mesma natureza do homem, é uma linguagem poética para dizer que a mulher foi feita na mesma dignidade do homem, mas diferente para que os dois se completassem. Quando Deus levou Eva para Adão, este ficou emocionado e disse: “Ela vai se chamar mulher” (id. 2, 23c).
O Altíssimo disse a coisa mais importante sobre isso: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e serão uma só carne” (id. 2, 24). Isso é o desígnio de Deus, que o homem se case com uma mulher e forme uma só carne, uma só pessoa humana.
Pela unidade do amor de Deus, no altar, vocês serão uma só pessoa; isso é mais ou menos aquilo que acontece na Santíssima Trindade, Três Pessoas, mas uma unidade. Se o casamento não for uma unidade, ele não estará de acordo com a vontade de Deus, e o casal não poderá ser feliz. Se o casal não for uma unidade, não estará vivendo conforme a vontade divina; e isso começa no namoro. É no namoro que a família começa, todos nós nos casamos porque namoramos.
O namoro é o alicerce, o fundamento, se você fizer desse período apenas uma curtição, você estará fazendo da sua família futura uma brincadeira e você sofrerá mais tarde. Leve o namoro a sério, não brinque com a pessoa do outro.
Namoro não é tempo de conhecer o corpo do outro, mas alma do outro. Não empurre seu namoro com a “barriga”, se você vê que só existe briga, tenha coragem de terminar, o amor é algo que se constrói, não cai do céu pronto. A aliança de namoro você pode tirar do dedo, a aliança do casamento, não.
Não deixe a vida sexual sufocar seu namoro, a vida sexual é para os casais casados. São Paulo diz que o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à mulher, porque eles são uma só carne, por isso têm o dever de viver a vida sexual.
Viva seu namoro na castidade, na seriedade e vocês estarão se preparando para ser um casal fiel. O namoro é o começo de tudo, é o ponto de partida.
Quando chegamos ao casamento o que Deus quer? O casamento é uma decisão que exige maturidade, atrás desse "sim" vêm os filhos, que não pediram para vir ao mundo, mas vieram por amor. O filho tem o direito de viver com seus pais, porque ele precisa disso para sua formação moral, intelectual, psicológica, por isso, o casal precisa ser uma só carne e não levar o casamento na brincadeira com mentiras. Se você começar a mentir dará espaço para o demônio entrar no seu matrimônio; não pode haver falsidade entre o casal. Não pode haver divisão entre o casal, não pode existir a primeira pessoa do singular: “eu”, mas sim, a primeira pessoa do plural: “nós”.
Deus quer o casal como café com leite: quando alguém olha vê um só. É possível fazer isso? Sim, com a graça de Deus. Casal que reza junto permanece junto.

domingo, 23 de maio de 2010

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A lei do amor no matrimônio cristão

Quando os casais estão em crise, outros problemas surgem
A ética do sacramento do matrimônio se fundamenta na lei do amor. Os cônjuges se casam para se dar um ao outro, para exercer a lei do amor incutida no coração de cada pessoa humana por Deus. Se o amor é o princípio de tudo, no relacionamento conjugal isso é plenificado pela possibilidade dessa doação de vida acontecer não somente pelo ato sexual, como também pela convivência harmoniosa, pela presença dos filhos, que deverão ser educados no amor. O problema ético principal do sacramento do matrimônio são os desvios provocados pelo esfriamento do amor, fruto do isolamento, da busca frenética pelo prazer sexual, tudo isso em meio às vicissitudes normais da vida, que a cada momento se tornam mais difíceis por conta de todas as dificuldades sociais e econômicas, assim como por todas as exigências que o mundo impõe sobre os casais e sobre todas as liberalidades apresentadas pela sociedade como alternativas “possíveis”, mas que acabam destruindo o amor.

Quando os casais estão em crise de amor, as outras questões éticas começam a aparecer, como que de uma semente má (o desamor) frutificasse ramos de infidelidade, adultério, divórcio, entre outros. O casal deveria ter consciência quanto à necessidade de um consentimento no matrimônio baseado num amor maduro, vivido a partir de um conhecimento mútuo, por meio do qual os namorados e noivos pudessem tocar nas realidades humanas totais dos seus parceiros e, mesmo assim, verificar que persiste o amor. Nós vemos hoje que, por qualquer dificuldade, os casais já pensam em se divorciar, em buscar outro relacionamento. Aqueles que estavam apaixonados acabam se frustrando mutuamente por não terem refletido mais profundamente sobre o ato que estariam assumindo diante de si mesmos e diante da Igreja, e da comunidade e da sociedade como um todo.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que o consentimento é um ato humano pelo qual os cônjuges se doam e se recebem mutuamente. Será que existe consistência na maioria dos consentimentos dados nos matrimônios de hoje? Eu vejo que uma das principais fontes de problemas éticos no matrimônio é a falta de maturidade para o consentimento, o amor que está configurado nas aparências e naquilo que é humanamente compreendido. Todo amor vem de Deus, pois Deus é amor. Um matrimônio no qual o centro é a presença de Deus, para que os dois, embebidos nesse amor divino, coroem o seu amor humano pela graça do sacramento do matrimônio, terá a possibilidade de ser na sociedade um sinal da presença do Senhor no nosso meio.

Os casos em que não há mais soluções humanas possíveis, nos quais o divórcio poderia ser até recomendado, precisam ser encarados como exceções; a regra é que o amor prevaleça, que os matrimônios possam ser reconstruídos a partir do amor. Porque o amor se renova, se redescobre, "se reencanta". É nessa linha pastoral que eu acredito que possamos caminhar no sentido de ajustar os casos que parecem insolúveis.

Nós ficamos muito tempo discutindo sobre o divórcio, eu vejo que precisamos ensinar os nossos filhos a amar de verdade e a melhor forma para alcançar essa graça é sendo testemunho do amor de Deus, um amor que reconstrói e está sempre disposto a recomeçar.
A PROMESSA DE UM NOVO AVIVAMENTO
Padre Roger Luis
Foto: Robson Siqueira
O maior milagre que podemos tocar, não é ter um parálico andando, não é a noticia de uma pessoa em fase terminal de câncer se recuperar, o maior prodígio não é vê o cego enxergar, não é o surdo voltar ouvir, mas o maior milagre é graça da conversão do nosso coração. Por que o paralítico que se levantar da cadeira de rodas se ele não se converter ele vai caminhando para o inferno.

O grande e maior prodígio que Deus pode realizar é conversão do nosso coração, porque a nossa conversão nos da a garantia que um dia vamos morar no céu. Por isso este sinal serve para conversão de muitas pessoas, mas não é o maior.

'E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a um sicômoro bravo para o ver; porque havia de passar por ali. E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente. E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador. E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.' (Lucas 19,1-9)

Perceba a atitude Zaqueu, como Zaqueu precisamos dá o passo em direção a Jesus, precisamos livremente ir em direção ao Senhor, foi Zaqueu que quis subir na árvore para vê o Senhor.

Mas que Zaqueu que viu Jesus, foi Jesus que viu o desejo do coração daquele homem. Jesus vê a nossa luta, vê também a nossa fragilidade.

Deus quer nos encontrar trabalhando as nossas limitações e fraquezas, Deus quer vê seu esforço, é preciso ter tempera para uma vida de conversão. O Senhor precisa encontrar o nosso coração aberto para que ele possa entrar. Jesus entrou na casa de Zaqueu. Se abrirmos a porta do nosso coração Jesus entrará e fará em nós assim como fez em Zaqueu.
"Pentecostes não é prosperidade, é dor, sofrimento e perseguição"
Foto: Robson Siqueira/CN

Zaqueu eu era um homem apegado aos seus bens, um homem que faturou em cima do povo, mas ele disse que dividiria seus bens, e Jesus lhe diz a salvação chegou na sua casa.

Abra o seu coração e peça a Deus para que ele entre em seu coração. Como Zaqueu experimente a conversão. Deseje caminhar como alguém que caminha na graça da conversão.Reconheça que você precisa de conversão.

No livro de Samuel, relata um grande pecado de Davi. Davi que se envolveu com a mulher do seu servo fiel Urias, Davi engravida a mulher de Urias, para se isentar do erro, ele convoca Urias da guerra para dormi com sua mulher e pensar que ela estava gravida do próprio Urias, mas Urias era fiel, e não dormiu com a mulher, porque ele era fiel ao seu rei. Quando Davi percebeu que a Urias não iria dormi com a mulher, Davi manda uma carta pelo o próprio Urias o colando na frente do comando para que ele morresse. além do adultério, o rei Davi cometeu o pecado do homicídio. Davi ficou aliviado com a morte de Urias.

Mas Davi arrependeu-se e clamor a misericórdia de Deus no Salmo 50 " Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.  Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.  Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares. Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.  Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria." Davi arrependeu-se, hoje precisamos chorar os nossos pecados. Precisamos nos arrepender e buscar uma vida de conversão.

sábado, 1 de maio de 2010



As duas dimensões da família

O casal que reza junto não se separa diante das dificuldades

São Paulo diz que os maridos devem amar as suas esposas. Você está disposto a amar a sua esposa a ponto de se entregar por ela?

É dogma de fé que a Igreja é santa, nunca podemos dizer que a instituição criada por Cristo tem pecado, pois os pecados são dos filhos dela [Igreja], os pecados são nossos. E por que a Igreja é santa? Porque Cristo entregou-se por ela na cruz, para que ela fosse sem mácula.

Pela mentira o demônio quer destruir os casamentos, quando se mente para o marido ou para a esposa, você está dando ocasião para o maligno.

A porta por onde o demônio entra tem nome, se chama pecado, por isso o casal não pode pecar.
Quando o casal está unido no amor de Deus, ninguém o separa. O amor é que une o casal, São Paulo diz que o amor é paciente, é bondoso, não busca os próprios interesses, não acaba nunca, só o amor faz com que perdoemos uns aos outros até mesmo quando um errou com o outro.
É preciso que nos alimentemos do amor de Deus. E isso vai acontecer onde? Na Igreja, na Eucaristia, na oração, pois o casal que reza junto não se separa diante das dificuldades, pois tem forças para superar todos os problemas.

A família tem duas dimensões: a primeira dimensão é o “casal” e a segunda, são os “filhos”. A família é sagrada, ela não foi instituída por homem, por um papa, mas por Deus. Deus Pai quis dar uma ajuda adequada ao homem, por isso, deu-lhe a mulher como vemos no livro do Gênesis. A mulher foi a última criação do Senhor, foi o ápice da criação.

O Todo-poderoso quis que, na raiz da família, houvesse uma aliança e por essa razão os casais hoje trazem uma aliança em suas mãos. O Papa João Paulo II pedia: “casais cristãos sejam para o mundo um sinal do amor de Deus”, de forma que – quando os demais os [casais] virem superando os problemas existentes no mundo – possam ver o amor de Deus.

O Criador deseja que, através do sacramento do matrimônio, homem e mulher sejam uma só carne, que sejam um só coração, uma só alma, um só espírito. Infelizmente, existem pessoas que estão casadas há anos, porém, ainda não parecem estar casadas.

Falo também aos jovens: se você brincar com seu namoro, você já está destruindo seu casamento, pois ele [namoro] é o alicerce para um casamento, é a preparação, a parte mais demorada, mais difícil. O Papa lá em Sidney, na Austrália, pede ao jovens que aceitem o desafio de viver na castidade, pois um casal só pode se unir e ter uma relação sexual após o casamento, que é o tempo propício para isso.

Jovens cristãos, está na hora de dar uma lição ao mundo. Na África, onde a AIDS mais acontece, em Uganda eles conseguiram baixar [a AIDS] de 26% para 5% a contaminação da população do país, pois o presidente católico fez uma campanha para que vivessem o sexo somente no casamento, tantos os jovens como os casais já casados.

Hoje estão colocando máquinas de camisinha nas escolas para que os jovens as usem; porém, eu digo: ensine seu filho a não fazer isso, pois eles devem aprender que seus corpos são um templo santo e não podem viver como o mundo ensina.

O remédio não é empurrar os jovens para o sexo fácil, mas sim, viver a castidade!