quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Campanha da Fraternidade 2010

Campanha da Fraternidade 2010 é lançada em São Paulo Tema deste ano é "Economia e Vida". 

Arcebispo de São Paulo espera que tema seja debatido durante eleições. 

D. Odilo Scherer defende que candidatos apresentem política econômica socialmente justa e sustentável (Foto: Emilio Sant`Anna) A Quarta-Feira de Cinzas é o dia que abre a Quaresma, período que antecede a Páscoa e, para os cristãos, momento de reflexão. Esta quarta (17) marcou também o lançamento da Campanha da Fraternidade 2010. O tema da campanha é "Economia e Vida" e o arcebispo metropolitano de São Paulo, d. Odilo Scherer, espera que seja discutido durante a campanha eleitoral deste ano. "Espero que o tema seja debatido e que se discuta que tipo de política econômica os candidatos vão apresentar", disse d. Odilo, enquanto se preparava para o lançamento da campanha durante a missa de Quarta-Feira de Cinzas, na Catedral da Sé. Esta é terceira vez que a Campanha da Fraternidade é organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), entidade que congrega além da Igraja Católica, a Igreja Luterana, Anglicana, Católica Ortodoxa e Presbiteriana. * Aspas Espero que o tema seja debatido e que se discuta que tipo de política econômica os candidatos vão apresentar " O tema é atual, mas foi decidido antes mesmo da crise econômica. "Estamos saindo de uma crise global, mas ainda não a superamos totalmente", disse o arcebispo de São Paulo. A proposta das igrejas filiadas ao Conic é que os cristãos repensem o modelo econômico vigente. Entre as ações propostas estão a luta em favor da tributação justa e progressiva, a auditoria da dívida pública, a adoção de políticas ecônomicas de distribuição de renda e o direito a alimentação. Foto: Emilio Sant`Anna Economia de comunhão, diz d. Odilo, é uma das formas de combater a exclusão social e a pobreza. Neste ano, Campanha da Fraternidade é realizada pelo Conic (Foto: Emilio Sant`Anna) * Aspas A riqueza acaba se tornando um valor supremo, em nome do qual todos os outros valores acabam sendo sacrificados" D. Odilo lembra que os cristãos não podem "servir a Deus e ao dinheiro" e que o enriquecimento e o acúmulo de bens não pode ser tratado com idolatria. "A riqueza acaba se tornando um valor supremo, em nome do qual todos os outros valores acabam sendo sacrificados", afirma. A melhor forma de viver o tema da campanha, disse d. Odilo, é promover ações sustentáveis, como a prática da ecônomia socialmente justa, e que não agridam o meio ambiente, o que ele chama de "economia de comunhão". "Podemos promover formas de economia que visem, por exemplo, integrar grupos que estão socialmente marginalizados, o comércio eco-solidário, economia de comunhão, existem muitas formas de se promover uma economia menos individualista e mais solidária", afirmou. A Catedral da Sé ficou cheia para acompanhar a celebração da missa por d. Odilo. Alheio à campanha e à missa, do lado de fora, Kléber Gomes, de 21 anos, era um entre os tantos moradores de rua que passam os dias na Praça da Sé. Há poucos dias, disse ele, completou um ano morando nas ruas de São Paulo. Um ano morando nas ruas e dormindo em frente à Catedral da Sé. "Vim para buscar emprego, mas nunca encontrei nada", disse ele, que estudou até a oitva série. Questionado se deseja retornar para Brasília, onde mora sua família, Kléber dá de ombros. "Querer mesmo eu queria era trabalhar", afirmou. "Mas se não der, um dia eu volto."

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Imagem de Destaque

Direitos Humanos

Quem defende o aborto nega sua condição de católico
O III Plano Nacional de Direitos Humanos ao falar da "autonomia" da mulher sobre seu próprio corpo e recomendar que o Congresso altere o Código Penal a fim de descriminalizar a prática do aborto recomenda um crime qualificado contra a humanidade e contra o próprio Brasil.

Ele quer outorgar legitimidade jurídica a um crime infamante, estabelecer como um direito democraticamente exigível o mais abominável dos delitos e o financiamento dele beneficiando os carrascos com dinheiro público.

Contra o povo brasileiro, povo apaixonado pela vida humana, tantas vezes comprovado em estatísticas da maior seriedade, a última deste mês em que não chega a um quarto de cidadãos brasileiros os que querem manchar de sangue de crianças o mapa do Brasil.

Em 2007, o Partido dos Trabalhadores aprovou, em seu programa, a luta pela implantação do aborto no Brasil. Isso não pode acontecer, pois é projeto revestido de fanatismo cruel contra o nascituro. Podemos dizer que é um dos projetos mais bárbaros de aborto conhecidos no mundo, que defende de modo obsessivo e neurótico a morte legal de inocentes.


.: Aborto será modificado no texto do Programa de Direitos Humanos
.: Programa de Direitos Humanos exige mais diálogo, dizem estudiosos
.: Programa de Direitos Humanos é "desumano", afirma jurista
.: Procuradoria mantém símbolos religiosos em repartições públicas

Podcast: Padre Paulo Ricado aponta os perigos do Plano Nacional de Direitos Humanos



Se o Governo atual aprova tal Plano torna-se o inimigo número um da sociedade e o primeiro elemento desestabilizador da ordem social. Os que deveriam ser construtores e defensores da vida tornaram-se de modo incompreensível uma enorme ameaça contra o Brasil todo.

A Igreja defende e defenderá sempre que a vida humana é sagrada e inviolável desde o momento da concepção até o final da sua existência. Dessa sacralidade e inviolabilidade nasce o direito de todo ser humano a ser respeitado, protegido e promovido no desenvolvimento de sua existência em qualquer momento ou situação. Sempre em nome da razão e da dignidade nativa do homem e não só da fé, a Igreja o defenderá quando estiver em pauta qualquer vida humana.

Estamos comprometidos, juntamente com todo o povo brasileiro, com uma cultura da vida e não da morte. "Quem defende o aborto nega sua condição de católico", proclamava bem alto o Papa João Paulo II (Ev.V 62). Como cristãos é impossível ficarmos calados e concordar com a decisão de aprovar tal projeto que nega o direito à vida.

Defender e promover a vida e posicionar-se contra o aborto provocado é uma questão de humanidade. Não há nada que possa justificá-lo porque nada pode justificar o assassinato frio e calculado de uma vida humana inocente.

Podemos usar um dos Dez Mandamentos para dizer: Dr. Vannucchi, Dr. Temporão, Presidente Lula e tantos órgãos responsáveis pela defesa da vida: "Não matarás!"

O evangelho da vida, o evangelho da dignidade humana e o evangelho do amor de Deus aos homens é um mesmo e único Evangelho. O homem não tem direito de destruí-lo.

Dom José Luis Azcona
Bispo da Prelazia de Marajó (PA)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Só quem reza avança na vida espiritual: Papa sobre Santo Antônio

Leonardo Meira
Da Redação


AFP
Bento XVI: Santo Antônio ensina que oração é relação de amor com o Senhor
"Apenas uma alma que reza pode fazer progresso na vida espiritual: este é o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio", disse Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 10, dedicada à figura do santo franciscano.

O Papa falou sobre a obra Sermões, escrita por Antônio para ser utilizada nos estudos teológicos franciscanos.

Ali, o santo descreve a oração como uma relação de amor que está dividida em quatro estágios essenciais: abrir confiadamente o próprio coração a Deus; falar afetuosamente com Ele; apresentar-Lhe as nossas necessidades; louvá-Lo e agradecê-Lo.

"Antônio lembra-nos que a oração exige um clima de silêncio, que não coincide com a separação do ruído exterior, mas é experiência interior, que visa eliminar as distrações causadas pelas preocupações da alma, criar silêncio na própria alma", explica.

Bento XVI salientou que, devido à riqueza dos ensinamentos espirituais de Sermões, "o Venerável Papa Pio XII, em 1946, proclamou Antônio Doutor da Igreja, dando-lhe o título de 'Doutor Evangélico', porque seus escritos mostram o frescor e a beleza do Evangelho e, hoje, podemos lê-los com grande benefício espiritual".

.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI sobre Santo Antônio


"Verdadeira riqueza"
No início do século XIII, o crescimento da cidade e do comércio diminuia a preocupação com os pobres. A pregação de Antônio convidava os fiéis a meditar sobre a riqueza do homem bom e misericordioso, que "faz acumular tesouros para o céu".

"Não é exatamente isso, queridos amigos, um ensinamento muito importante e atual também hoje, quando a crise financeira e graves desequilíbrios econômicos empobrecem muitas pessoas e criam condições de miséria?", questiona o Pontífice.

O Papa também destacou que a visão de Antônio sobre o Crucificado o propõe como significado que enriquece as vidas dos crentes e não crentes. "Meditando estas palavras, podemos entender melhor a importância da imagem do Crucificado para a nossa cultura, pois o nosso humanismo nasce da fé cristã".

Ao final da Catequese, o Santo Padre convidou toda a Igreja a orar para que "os sacerdotes e diáconos executem com solicitude este ministério de anunciar e atualizar a Palavra de Deus aos fiéis, especialmente através da homilia litúrgica. Seja ela uma apresentação eficaz da beleza eterna de Cristo", concluiu.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

< O divórcio afeta seriamente os filhos, recorda o Papa Bento XVI >


Respondendo ao mito de que o divórcio não afeta os filhos e que em alguns casos poderia ser a "melhor" solução, o  Papa Bento XVI recordou hoje que esta ruptura matrimonial tem sérias conseqüências sobre as crianças, que sempre precisam viver e desenvolver-se em meio de uma família unida que reze, dialogue e esteja fundada no matrimônio  entre um homem e uma mulher que se complementam.

O Santo Padre explicou em seu discurso de hoje ao Pontifício Conselho para a Família que a instituição familiar "fundada sobre o matrimônio entre homem e mulher é a maior ajuda que se pode oferecer às crianças. Eles querem ser amados por uma mãe e um pai que se amam, e precisam viver, crescer e estar juntos com os dois pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção de suas personalidades e sua identidade".

Por isso, disse o Papa Bento, "é importante então que se faça todo o possível para fazê-los crescer em uma família unida e estável. Para tal fim, é necessário exortar aos cônjuges a não perder nunca de vista as razões profundas e a sacramentalidad de seu pacto conjugal e a reafirmá-lo com a escuta da Palavra de Deus, a oração, o diálogo constante e o perdão mútuo".

Finalmente Papa Bento XVI ressaltou que "um ambiente familiar não sereno, a divisão dos pais e, em particular, a separação com o divórcio, têm conseqüências sobre as crianças, enquanto que sustentar a família e promover seu verdadeiro bem, seus direitos, sua unidade e estabilidade é sempre o melhor modo de tutelar os direitos e as autênticas exigências dos menores".

Enviado por Comunidade Família de Deus

Papa Bento XVI e a familia

Segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010, 14h19

Bento XVI dá dicas de preparação ao matrimônio



H2O News
Cardeais escutam atentamente o discurso do Papa
O Papa destacou três etapas de formação e resposta à vocação do matrimônio.

Bento XVI ofereceu as dicas aos participantes da XIX Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Família, recebidos em audiência na manhã desta segunda-feira, 8, no Vaticano.

O departamento está envolvido na elaboração de um Vademecum (documento) sobre a preparação ao matrimônio. Com base nas indicações de João Paulo II na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, o Santo Padre destacou três fases: remota, próxima e imediata.

.: Íntegra do discurso do Papa

"A preparação remota diz respeito às crianças, adolescentes e jovens", ensina. É a fase em que se busca educar para entender a vida como uma vocação para o amor e a sexualidade como uma capacidade de relação a ser incorporada no amor autêntico.

Já a preparação próxima "deve ser engajada e configurada em um caminho de fé e vida cristã, que conduza a um conhecimento aprofundado do mistério de Cristo e da Igreja, do sentido da graça e das responsabilidades do matrimônio". Bento XVI chama a atenção para que os namorados revivam a própria relação pessoal com o Senhor Jesus, através da Palavra, dos sacramentos e da Eucaristia.

"A preparação imediata se realiza próximo ao casamento", destaca. O Papa indica que deve ser feito um trabalho que incentive a consciência de que tal união é um presente para toda a Igreja e contribui para seu crescimento espiritual.


Crianças e família

A Assembleia Plenária tem por tema "Os Direitos da Criança", devido à comemoração dos vinte anos da Convenção adotada pela Assembleia Geral da ONU em 1989.

O Papa explica: "é a família, fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher, a maior ajuda que pode ser oferecida às crianças. Elas querem ser amadas por um pai e uma mãe que se amam, e precisam habitar, crescer e viver com ambos os pais, porque as figuras materna e paterna são complementares na educação dos filhos e na construção de sua personalidade e sua identidade. É importante, portanto, que se faça todo o possível para que elas cresçam em uma família unida e estável".

O Pontífice também destacou o trabalho que a Igreja realiza, há séculos, na proteção dos pequenos. "Infelizmente, em diversos casos, alguns dos seus membros, agindo em contraste com este empenho, têm violado tais direitos: um comportamento que a Igreja não admite e não deixará de lamentar e condenar", enfatizou.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Terceiro Segredo de Fatima

Formações

 


Qual é o Terceiro Segredo de Fátima?

Nenhum sofrimento é vivido em vão se for acolhido na fé

Infelizmente circula na internet um tal “Terceiro Segredo de Fátima”, que muito assusta as pessoas, como se o Papa João Paulo II não tivesse revelado o verdadeiro no ano 2000. No dia 26 de junho deste ano foi revelado, com a devida autorização do Papa, o verdadeiro Terceiro Segredo de Fátima, que tanta curiosidade, medo e, às vezes, pavor, despertava no povo. Na verdade, houve muita fantasia prejudicial às pessoas. Nas suas três partes o Segredo nada tem de previsões sobre o fim do mundo, nem de catástrofes ou flagelos.

Com a revelação do Segredo, feita através da Sagrada Congregação da Fé, com uma interpretação feita, a pedido do Papa, pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje o Papa Bento XVI, prefeito da citada congregação na época, viu-se que se trata de uma visão do século XX, século este impregnado de mártires do comunismo, do nazismo e de outras forças inimigas da Igreja e de Deus. Milhões morreram pela fé.

Na entrevista que Dom Tarcísio Bertone, então Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, teve com a Irmã Lúcia, por ordem do Sumo Pontífice, em 27 de abril de 2000, no Carmelo de Coimbra, onde vivia a religiosa, esta, lúcida e calma, concordou com a interpretação do Segredo, segundo a qual a terceira parte do Segredo de Fátima consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirmou a sua convicção de que a visão de Fátima se refere “sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos” e descreve os duros sofrimentos das milhões de vítimas do século XX.

Irmã Lúcia confirmou que a principal personagem do Segredo era o Santo Padre e recordou como os Pastorinhos tinham pena dele. Com relação ao "Bispo vestido de branco" (o Papa), que é ferido de morte e cai por terra, a Irmã concordou plenamente com a afirmação do saudoso Papa João Paulo II: "Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte" (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).

É interessante destacar o que diz a Irmã Lúcia: "Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa." A ela foi dada a visão, não a interpretação. Mais uma vez vemos aí a importância da Igreja e do Pontífice. E a Irmã concordou com a interpretação dada pela Igreja. Na interpretação do Segredo, já bastante publicado e conhecido, feita pelo Cardeal Ratzinger, alguns pontos merecem ser destacados:

1 - A palavra-chave da primeira e segunda parte do Segredo é "Salvar as almas"; a palavra-chave da terceira parte é "Penitência, penitência, penitência". O mesmo cardeal lembrou que a Irmã Lúcia lhe disse que o objetivo de todas as Aparições da Santíssima Virgem era fazer crescer cada vez mais a fé, a esperança e a caridade.

2 - A visão do anjo com a espada de fogo representa o perigo da destruição da humanidade por si mesma, por meio da guerra e de outras formas. O brilho da Mãe de Deus aparece como a força capaz de vencer as forças da terrível destruição.

3 - O sentido da visão não é mostrar um filme sobre o futuro, mas uma forma de orientar a liberdade humana a buscar o bem. Há que se evitar, portanto, as interpretações fatalistas do Segredo, como se tudo já fosse traçado para acontecer, sem respeitar a liberdade dos homens. O futuro é visto como que num espelho, de maneira simbólica.

4 - Três sinais aparecem: uma montanha alta; uma grande cidade meio em ruínas e uma grande cruz de troncos toscos. A montanha e a cidade são o lugar da história humana, de convivência, mas de luta; como uma subida árdua no qual o homem destrói, com as próprias mãos, o que ele mesmo construiu (cidade em ruínas). No alto da montanha está a Cruz, meta e orientação da história humana, sinal da miséria humana e promessa de salvação.

A visão mostra o caminho da Igreja como uma Via-Sacra, ladeado de violência, destruição e morte, mas de esperança. Diz o cardeal que nesta imagem pode-se ver a história de um século que se finda. O século dos mártires, dos sofrimentos e das perseguições à Igreja. Século de duas guerras mundiais e de muitas guerras locais. No espelho desta visão vemos passar as testemunhas da fé deste século.

O cardeal fez questão de recordar o que a Irmã Lúcia disse ao Papa João Paulo II, em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado sofrido por ele: "A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: "Se não [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas."

Os Papas deste século tiveram um papel preponderante na árdua "subida da montanha" do Segredo. Desde Pio X até João Paulo II, todos os Santos Padres sofreram no caminho que leva à Cruz.

5 - Destaca o mesmo cardeal que o fato de o Papa não ter não ter morrido no atentado de 13/5/81 significa que não existe um destino imutável (na visão Sua Santidade aparece morta), e se a mão de Nossa Senhora guiou a bala para que não o matasse é porque a força da oração e da penitência é maior do que as balas, e a fé é mais poderosa do que os exércitos. Tudo pode ser mudado pela oração e pela conversão!

6 - Por fim a visão mostra os anjos que recolhem da cruz o sangue dos mártires e com ele regam as almas que se aproximam de Deus. O Sangue de Cristo e o dos mártires são vistos juntos a significar que o nosso sofrimento completa a salvação do mundo (cf. Cl 1, 24). O sangue dos mártires é semente de novos cristãos, como dizia Tertuliano. E assim, o terceiro Segredo termina com uma forte mensagem de esperança: nenhum sofrimento é vivido em vão se é acolhido na fé. É de todo o sofrimento e de todo o sangue derramado pela Igreja, no século XX, que brotarão as forças de um novo Cristianismo no século XXI. Haverá uma forte purificação e um renovamento que já se faz sentir no coração da Igreja. É a eficácia salvífica que brota do Sangue de Cristo misturado ao dos Seus mártires.

7 - Os acontecimentos, a que se refere o Segredo, já são do passado; fica o permanente apelo à oração e à penitência para a salvação das almas. O cardeal termina afirmando que a certeza de Nossa Senhora de que por fim "o meu Imaculado Coração triunfará" significa que um coração voltado inteiramente para Deus é mais forte do que as pistolas ou as outras armas de fogo. A mensagem do Terceiro Segredo é uma mensagem de confiança no Cristo que venceu o mundo (cf Jo 16, 33).

 Portanto, é preciso cessar a divulgação de um falso Terceiro Segredo de Fátima, como se a Igreja não tivesse revelado o verdadeiro.
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

67 Bispos repudiam Plano do Governo

Genilson Santos
Jornalista


Pronunciamento acerca do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos

            Nós abaixo-assinados, impelidos por nosso dever pastoral como Bispos católicos, provenientes de várias regiões do País, reunidos em um encontro de atualização pastoral – prosseguindo a tradição profética da Igreja Católica no Brasil que, nos momentos mais significativos da história de nosso País, sempre se manifestou em favor da democracia, dos legítimos direitos humanos e do bem comum da sociedade, em continuidade com a Declaração da CNBB do dia 15 de Janeiro de 2010 e com a Nota da Comissão Episcopal de Pastoral para a Vida e a Família e em consonância com os pareceres emitidos por diversos segmentos da sociedade brasileira feridos pelo III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), assinado pelo Preside nte da República no dia 21 de dezembro de 2009 – nos vemos no dever de manifestar publicamente nossa rejeição a determinados pontos deste Programa.

             Diz a referida Declaração: “A CNBB reafirma sua posição muitas vezes manifestada em defesa da vida e da família e contrária à discriminalização do aborto, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito de adoção de crianças por casais homo-afetivos. Rejeita, também, a criação de mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da União, pois considera que tal medida intolerante, pretende ignorar nossas raízes históricas”.

            Não podemos aceitar que o legítimo direito humano, já reconhecido na Declaração de 1948, de liberdade religiosa em todos os niveis, inclusive o público, possa ser cerceado pela imposição ideológica que pretende reduzir a manifestação religiosa a um âmbito exclusivamente privado. Os símbolos religiosos expressam a alma do povo brasileiro e são manifestação das raízes históricas cristãs que ninguém tem o direito de cancelar.

             Há propostas que banalizam a vida, descaracterizam a instituição familiar do matrimônio, cerceiam a liberdade de expressão na imprensa, reduzem as garantias jurídicas da propriedade privada, limitam o exercício do poder judiciário, como ainda correm o perigo de reacendar conflitos sociais já pacificados com a lei da anistia. Estas propostas constituem, portanto, ameaça à própria paz social.

            Fazemos nossas as palavras do Cardeal Dom Geraldo Majela Agnelo, Primaz do Brasil, referidas à proposta de discriminalização do aborto, mas extensivas aos demais aspectos negativos do programa. O PNHD 3 “pretende fazer passar como direito universal a vontade de uma minoria, já que a maioria da população brasileira manifestou explicitamente sua vontade contrária. Fazer aprovar por decreto o que já foi rechaçado repetidas vezes por orgãos legitimos traz à tona métodos autoritários, dos quais com muito sacrifício nos libertamos ao restabelecer a democracia no Brasil na década de 80”.

             “Firmes na esperança, pacientes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12, 12), confiamos a Deus, Senhor supremo da Vida e da História, os rumos de nossa Pátria brasileira.

Rio de Janeiro, 28 de Janeiro de 2010.

+ Alano Maria Pena, Arcebispo de Niteroi, RJ
+ Francisco de Assis Dantas de Lucena, Bispo de Guarabira
+ Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica S. João Maria Vianney, Campos, RJ
+ Benedito Gonçalves Santos, Bispo de Presidente Prudente, SP
+ Joaquim Carreira, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ Juarez Silva, Bispo de Oeiras, PI
+ Manoel Pestana Filho, Bispo emérito de Anápolis, GO
+ José Moreira da Silva, Bispo de Januária, MG
+ Tarcísio Nascentes dos Santos, Bispo de Divinópolis, MG
+ Guiliano Frigenni, Bispo de Parintins, AM
+ Paulo Francisco Machado, Bispo de Uberlândia
+ Gilberto Pastana de Oliveira, Bispo de Imperatriz, MA
+ Philipe Dickmans, Bispo de Miracema, TO
+ Edney Gouvêa Mattoso, Bispo eleito de Nova Friburgo, RJ
+ Carlos Alberto dos Santos, Bispo de Teixeira de Freitas – Caravelas, BA
+ Walter Michael Ebejer, Bispo emérito de União da Vitória, PR
+ José Antônio Peruzzo, Bispo de Palmas – Francisco Beltrão, PR
+ Franco Cuter, Bispo de Grajaú, MA
+ Karl Josef Romer, Secretário emérito do Pontifício Conselho para a Família
    + Roberto Lopes, Abade do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro, RJ
+ Orani João Tempesta OCist., Arcebispo do Rio de Janeiro, RJ
+ Eugenio de Araujo Card. Sales, Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, RJ
+ João Carlos Petrini, Bispo Auxiliar de São Salvador da Bahia
+ Luciano Bergamin, Bispo de Nova Iguaçu, RJ
+ Antônio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+ Wilson Tadeu Jönck, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
+ Pedro Brito Guimarães, Bispo de São Raimundo Nonato, PI
+ Fernando Guimarães, Bispo de Garanhuns, PE
+ Salvador Paruzzo, Bispo de Ourinhos, SP
+ José Moureira de Mello, Bispo de Itapeva, SP
+ José Francisco Rezende Dias, Bispo de Duque de Caxias, RJ
+ Laurindo Guizzardi, Bispo de Foz do Iguaçu, PR
+ Gornônio Alves da Encarnação Neto, Bispo de Itapetininga, SP
+ Carmo João Rhoden, Bispo de Taubaté, SP
+ Ceslau Stanula, Bispo de Itabuna, BA
+ João Bosco de Sousa, Bispo de União da Vitória, PR]
+ Osvino José Both, Arcebispo Militar do Brasil, BSB
+ Capistrano Francisco Heim, Bispo Prelado de Itaituba, PA
+ Aldo di Cillo Pagotto, Arcebispo da Paraíba, PB
+ Gil Antonio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora, MG
+ Moacir Silva, Bispo de São José dos Campos, SP
+ Diamantino Prata de Carvalho, Bispo de Campanha, MG
+ Caetano Ferrari, Bispo de Bauru, SP
+ Aléssio Saccardo, Bispo de Ponta de Pedras, PA
+ Heitor de Araújo Sales, Arcebispo emérito de Natal, RN
+ Matias Patrício de Macêdo, Arcebispo de Natal, RN
+ Geraldo Dantas de Andrade, Bispo auxiliar de São Luis do Maranhão, MA
+ Bonifácio Piccinini, Arcebispo emérito de Cuiabá, MT
+ Tarcísio Scamarussa, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ Celso José Pinto da Silva, Arcebispo emérito de Teresina, PI
+ José Palmeira Lessa, Arcebispo de Aracaju, SE
+ Antônio Carlos Altieri, Bispo de Caraguatatuba, SP
+ Aloisio Hilário de Pinho, Bispo emérito de Jataí, GO
+ Guilherme Porto, Bispo de Sete Lagoas, MG
+ Adalberto Paulo da Silva, Bispo Auxiliar emérito de Fortaleza, CE
+ Bruno Pedron, Bispo de Ji-Paraná, RO
+ Fernando Mason, Bispo de Piracicaba, SP
+ João Mamede Filho, Bispo Auxiliar de São Paulo, SP
+ José Maria Pires, Arcebispo emérito de Paraíba, PB
+ Alfredo Schaffler, Bispo de Parnaíba, PI
+ João Messi, Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda, RJ
+  Friederich Heimler, Bispo de Cruz Alta, RS
+ Osvaldo Giuntini, Bispo de Marília, SP
+ Assis Lopes, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+ Edson de Castro Homem, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, RJ
+Alessandro Ruffinoni, Bispo auxiliar de Porto Alegre, RS
+ Leonardo Menezes da Silva, Bispo auxiliar de Salvador, BA