terça-feira, 25 de outubro de 2011

FAMILIA Precisa vencer egoismo e crescer no amor

Família precisa vencer egoísmo e crescer no amor, alerta bispo


Dom João Carlos Petrini é Bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da CNBB
Numa sociedade que o individualismo tem uma grande força, as realizações, interesses, prazeres e desejos pessoais vêm antes das relações familiares. "A família é vista como estorvo, pois exige sacrifícios, e é jogada fora", salienta o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da CNBB, Dom João Carlos Petrini. Para o bispo, a família precisa vencer este egoísmo e crescer no amor.
“O grande desafio da família é crescer no verdadeiro amor e para isso é preciso olhar para o modelo da Santíssima Trindade e para Jesus, porque ali se encontra o amor em sua perfeição mais elevada”, destaca.


E qual é a característica do amor na Santíssima Trindade? Dom Petrini explica que na Santíssima Trindade uma Pessoa se doa totalmente a Outra. O Pai se doa ao Filho e o Filho se doa ao Pai e o dom entre eles é o Espírito Santo.

“E por outro lado qual é a característica de Jesus? É o amor que se doa. Ele ama com a paixão de um homem por uma mulher num amor de doação. Assim Ele ama a Igreja, dando Sua vida por ela. A Eucarístia e a Cruz são o ponto alto disso”, destaca Dom Petrini.

Assim, o grande desafio é não ficar numa vivência de amor precária, primitiva, vulnerável, uma maneira de amar típica de um adolescente que diz “eu gosto dessa pessoa e a quero para mim”. A maneira mais madura de amar que vem do exemplo de Jesus, ressalta o bispo, é aquela que diz “eu gosto daquela pessoa e estou disposto a doar a minha vida para a felicidade e o bem dela”.

Para enfrentar este desafio é necessário ter consciência do que é a relação com Cristo, entender o Sacramento do Matrimônio e entender o valor do sacrifício em benefício do outro. Dom Petrini aconselha os casais a participar de movimentos voltados para a família, pois a troca de experiência com outras famílias pode ajudar a entender os desafios do cotidiano e como lidar com as situações específicas de cada família.


Sexo como expressão de amor

Numa cultura do sexo livre, o sexo não é mais valorizado e compreendido como expressão do amor. O bispo salienta que é importante nunca isolar um aspecto da vida, o sexo faz parte de todo entendimento humano.

“Se você isola a sexualidade da totalidade da pessoa, da sua busca por um felicidade permanente, na capacidade de ser responsável diante dos outros, do respeito, etc, aquela sexualidade isolada se torna algo mais pobre, é dizer que ela é um instrumento só para conseguir prazer”, destaca.

Mas a sexualidade quando usada positivamente pode oferecer muito mais que momentos de prazer. Se torna o motivo pelo qual um homem se liga permanente a uma mulher, estando aberto a gerar filhos e educá-los.

“O caminho é reincorporar a sexualidade no contexto global da pessoa, pois mais que momentos de prazer é a satisfação da vida, a satisfação de ser pai, mãe, de ser casal. E a sexualidade tem tudo a ver com isso”, enfatiza.

Dom Petrini alerta que se a sexualidade não é entendida em relação a todos os outros aspectos da vida da pessoa, a sexualidade é distorcida e a pessoa procura apenas fragmentos de felicidade e não a felicidade por inteiro, uma felicidade que sustenta a sua vida.

O presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família abordará os deveres da família à luz da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, durante o 2º Congresso Nacional de Planejamento Familiar, que acontece em Brasília neste fim de semana e tem como tema "Construir a Família: por amor, com amor e para o amor".

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Século XXI- Desafiando a Família
 SÉCULO XXI
DESAFIANDO A FAMÍLIA
Atualmente a família  tem sido posta em questão pelas profundas e rápidas transformações da sociedade. Nestes últimos tempos ela vem  sendo  submetida a uma série de novos desafios, sobretudo, pelas várias transformações legislativas e políticas em matéria de matrimônio, e em relação à vida.
Antes de tudo, a família, no sentido bíblico não é somente um dado sociológico; no sentido de conviver um com o outro, ou sentido econômico de proteção, embora, também envolva isso, mas a família é o lugar onde o homem aprende a crescer na sua integridade de pessoa humana.
Atualmente fala-se muito em família mesclada, família recriada, família ampliada, família reconstituída, e ainda as chamadas "Uniões de fato".
A família não é somente um lugar de crescimento pessoal, dos afetos, da transmissão da cultura entre as gerações, mas sim uma comunidade de amor, o lugar do direito e do princípio do cuidado, da solidariedade, partilha, amizade, companheirismo, respeito e unidade.
 Não obstante, em nossos tempos é possível constatarmos uma sociedade cada vez mais despersonificada, desumana e desumanizante. Observamos por exemplo: o crescimento da violência de forma assustadora, a miséria e a fome, as drogas, pornografia e tantas outras desordens que fere a essência da família.
Infelizmente em nossos tempos a família célula base da sociedade sujeito de direitos e deveres tanto do Estado como de qualquer outra comunidade, encontra-se muitas vezes como vítima da sociedade, da lentidão das suas intervenções e das suas patentes injustiças.
A família não é criação humana, nem do estado, nem da Igreja. É constituição ligada à natureza do homem e da mulher, para o bem e a felicidade pessoal, da sociedade.
Atualmente estamos presenciando uma sociedade cada vez mais secularizada,  consumista e utilitarista.
Cada dia que passa a sociedade corre o perigo de ser cada vez mais despersonalizada e massificada, e, portanto, com os resultados negativos de tantas formas de evasão que ameaçam e se opõem a instituição da família.
Não faltam sinais de degradação preocupante de alguns valores fundamentais: uma errada concepção teórica e prática da independência dos cônjuges entre si; as graves ambigüidades acerca da relação de autoridade entre pais e filhos;as dificuldades concretas que a família muitas vezes experimenta na transmissão dos valores; o número crescente dos divórcios; a praga do aborto; o recurso cada vez mais freqüente à esterilização.
O matrimônio de prova , até o pseudomatrimônio entre as pessoas do mesmo sexo, são ) expressões de uma liberdade anárquica que se apresenta erroneamente como libertação autêntica do homem"
O mundo moderno, lança uma série de novos desafios para a família. Alguns afirmam que vivemos numa sociedade pós-matrimonial. Os sistemas jurídicos de quase todos os países ocidentais já não apóiam o casamento e o divórcio se concede facilmente.
São muitas as dificuldades que a família enfrenta nos dias de hoje. Por exemplo:

·Dificuldades no trabalho;
·Dificuldades na área da educação;
·Dificuldades de moradia;
·Dificuldades nos meios de comunicação;
A família no mundo em tempos recentes, não contém mais a exclusividade da função educadora, mas a divide com a escola e como ambiente social. A Família perdeu também a característica de auto-suficiência econômica, bem como a função de definir essencialmente o status social de seus membros. Mesmo assim, mantêm importantes indeclináveis funções:
·Ser formadora de pessoas, orientando a consciência de seus membros sobre suas responsabilidades políticas e sociais, que podem exigir-lhe uma ação organizada para a transformação global da sociedade, esforçando-se em superar o sistema desumano e consumista;
·Transmitir valores fundamentais e educar seus membros a vivê-los integralmente.[
·Educar para a justiça e a liberdade, de modo especial
Pela conjuntura histórica que vivemos, globalização e pós-modernidade,  vemos várias transformações legislativas e política em matéria de matrimônio, família e em relação à vida, não obstante, mesmo diante desses desafios, a família representa uma esperança para a sociedade.
Conclui-se portanto, que a Família com seus inúmeros valores ainda é sobretudo o alicerce da sociedade, além de ser um dos tesouros mais importantes de toda a história da humanidade desde sua origem.
A família é uma instituição natural contendo valores que são perenes que jamais podem ser ofuscados, rechaçados, tolhidos ou desprezados. É de vital importância para sociedade. Nele, homem e mulher podem, devidamente, constituir uma família e gerar novos membros para a sociedade.
A família é a esperança do mundo, célula vital da sociedade e escola dos valores.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Cristão e a Politica


O cristão, enquanto vive como “forasteiro” nesta terra, precisa enquadrar-se nas leis que rege a nação e cumpri-las, com um bom patriota (2Sm 10.12; Sl 137.1; Is 66.10). Isto é bom diante dos homens e agradável a Deus.

Os Deveres Civis (Conjunto de normas reguladoras dos direitos e obrigações de ordem privada atinentes às pessoas, aos bens e às suas relações.) se aplicam a todos os cidadãos, independente de sua cor, religião ou situação financeira.  Encontra-se na Bíblia o Senhor determinando a seus servos a necessidade de serem bons cidadãos, cumpridores das normas instituídas pelos governos.

“Todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a lei do rei...” Ed 7.26
“Observa o mandamento do rei...” Ec 8.2
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores...” Rm 13.1-7
“Se sujeitem aos que governam, às autoridades.” Tt 3.1,2
“Sujeitai-vos a toda instituição humana... quer seja o rei como soberano...”
1Pe 2.14,14
 Não há dúvida quanto à necessidade de vivermos em submissão aos nossos governantes e honrá-los com nossas atitudes; porém, freqüentemente depara-se com cristãos insatisfeitos com os governantes (vereadores, prefeitos, deputados, senadores, presidente) e sobre eles tecem comentários terríveis, desonrando-os com conversas e afirmações que em sua essência, são comuns aos homens naturais. Em lugar algum, encontra-se o Todo Poderoso permitindo que seus filhos se levantem contra as autoridades constituídas, pelo contrário, a ordenação é que deve-se honrá-los.

“Não amaldiçoarás o príncipe do teu povo.” Ex 22.28
“Não amaldiçoes o rei.” Ec 10.20
“A autoridade é ministro de Deus para teu bem... a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.” Rm 13.4,7
“Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus, honrai ao rei.”
1Pe 2.17
 É bom servimos a Deus, mas, isto implica em sermos exemplos em todas as questões. Jamais se deve assemelhar aos homens deste mundo em seus costumes e praticas notoriamente contrárias aos princípios deixados pelo Rei dos reis aos seus súditos.
 Todo cidadão brasileiro é agraciado pela constituição federal com o Direito Político (O que tem por objeto as faculdades concedidas, e deveres impostos aos cidadãos, como, por  exemplo, votar, ser votado, exercer cargo público),  que concede a todos, igualdade para pleitear cargos eletivos, votar e ser votado.
É lamentável, mas, em anos eletivos, muitas igrejas se corrompem, perdendo de vista os seus objetivos primeiros: Servir a Deus! E deixa-se levar pela política, envolvendo-se e comprometendo-se vergonhosamente. Sãos pastores e líderes eclesiais que literalmente “vendem” o direito do cidadão por migalhas e chegam ao cumulo do absurdo de levar em muitos casos homens ímpios aos seus púlpitos, para que exponha suas plataformas de “governo” mentirosas e enganadoras, com fim apenas eleitoreiro. É uma louca inversão de valores.
O homem que vive segundo o coração de Deus, jamais deve aproveitar-se dos políticos e numa troca, receber qualquer beneficio pelo seu voto. Note que em todo ano eleitoral aparecem muitos com um belo discurso,  sempre dispostos a ajudar; são cestas básicas, tratamento de saúde, e outras ofertas pelo seu voto. O servo deve ser consciente o suficiente para não se vender.
É errado o Servo de Deus candidatar-se a cargos públicos?

Creio que não seja. Na Bíblia encontra-se vários servos que foram políticos e exerceram cargos públicos (Davi, Salomão, etc.). Mas, entendo que em tais situações a vontade “literal” de Deus deve vir em primeiro lugar. É preciso que o Senhor seja consultado e que seja ouvido!
 Político no Brasil está associado às pessoas que não agem de boa fé. É triste, vermos como tratam o dinheiro público, as muitas notícias de desvios e malversações de verbas, veiculadas na mídia são estarrecedora.  O homem que conhece a Deus deve ser diferente, pagar o preço de ser um político que saiba honrar o compromisso com o Salvador e viver em honestidade (Pv 11.11; 14.34 e 16.12).
A posição da igreja deve ser de total independência em relação aos políticos. Devem ser encarados como líderes políticos, jamais, como líderes da igreja do Senhor. É impossível que haja vitórias e o mover soberano do Espírito Santo numa igreja, na qual, a política está infiltrada.
Amados, a Igreja do Senhor, não necessita de esmolas dadas por políticos (concessão de TV, rádio; terrenos; doações financeiras, etc.); os meios, jamais justificam o fim. É inconcebível, a igreja ser beneficiadas, por homens que de uma forma não convencional adquirem recursos e os repassam.
Pastores, presbíteros, diáconos, povo de Deus!
Não se deixem envolver por homens, que visando votos, prometem maravilhas.
A igreja é o povo de Deus, e por Ele devem ser conduzidos.
Orem, busquem do Senhor a orientação para o voto certo; ouça a Sua voz, através de seus profetas e honrem a Sua vontade.
Não se corrompa com o ouro e a prata!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Fé e Politica A Igreja insiste na participação dos Fiéis

Formações

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Fé e Política

A Igreja insiste na participação dos fiéis

Os últimos Papas têm convocado os fiéis católicos para participar da política ativamente. Sabemos que a política correta é um meio forte de viver a caridade, pois visa ao bem comum, especialmente dos mais desamparados, doentes, pobres, desabrigados, sem escolas, entre outros. Na comemoração dos 150 anos de unidade da Itália o Papa Bento XVI fez um apelo para que os bispos incentivem os católicos a participar da vida pública. Disse: “A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”.

O Santo Padre pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana. Infelizmente criou-se entre nós católicos uma cultura perigosa de se afastar da política por ela ser exercida, muitas vezes, por corruptos e imorais. Ora, sabemos que há a boa política e também a politicagem; o político e o politiqueiro. Não podemos queimar a política por causa da politicagem, temos que afastá-los do poder por meio do voto. A Igreja insiste na participação dos fiéis na política, senão vejamos.

O Concílio Vaticano II declara na “Gaudium et Spes”:
"Lembrem-se, portanto, todos os cidadãos ao mesmo tempo do direito e do dever de usar livremente seu voto para promover o bem comum. A Igreja considera digno de louvor e consideração o trabalho daqueles que se dedicam ao bem da coisa pública a serviço dos homens e assumem os trabalhos deste cargo" (GS 75).

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) insiste:
CIC §899 - "A iniciativa dos cristãos leigos é particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da Igreja".

CIC §2442 - "Não cabe aos pastores da Igreja intervir diretamente na construção política e na organização da vida social. Essa tarefa faz parte da vocação dos fiéis leigos, que agem por própria iniciativa com seus concidadãos. A ação social pode implicar uma pluralidade de caminhos concretos. Terá sempre em vista o bem comum e se conformará com a mensagem evangélica e com a doutrina da Igreja. Cabe aos fiéis leigos "animar as realidades temporais com um zelo cristão e comportar-se como artesãos da paz e da justiça".

Noto que, por exemplo, nos Sites da internet, no Facebook e no Orkut muitos cristãos assumem com orgulho a identidade católica, mas desprezam a política, como se fosse apenas atividade dos maus. O povo precisa aprender a fazer política honesta; e para isso é preciso criar uma cultura sadia. É preciso ensinar o povo a não vender o voto por uma cesta básica, um emprego prometido, o agrado de um candidato, entre outros. Muitos, infelizmente, votam com a barriga ou com o coração, mas não com a consciência.

Esse é o problema do Brasil hoje. Os bons fogem da política e a deixam nas mãos dos maus, com exceções, é claro. Cada cristão está obrigado a esta tarefa.

Martin Luther King, aquele importante pastor negro americano que liderou a luta contra o racismo nos Estados Unidos da América, na década de 60, e que foi assassinado por isso, afirmava: “Não tenho medo dos maus, dos violentos, dos corruptos, só tenho medo do silêncio dos bons”.
Foto
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física

sábado, 23 de julho de 2011

Dom Odilo fala sobre imagem de Nossa Senhora na 'Cracolândia'


O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, falou sobre a polêmica imagens de Nossa Senhora colocada em um muro na região da “Cracolância”, no centro da cidade.
A imagem Virgem Maria foi colocada à frente de uma parede com fundo azul e as seguintes inscrições em dourado sobre ela: “Nossa Senhora do Crack”. Acima dela, havia uma luminária. A obra com a estrutura de gesso, presente nas igrejas católicas, foi feita por Zarella Neto e colocada na rua Apa, em Santa Cecília, na sexta-feira (22).
A obra do artista estava na fachada de uma casa abandonada até a manhã deste sábado (23), quando dependentes químicos revoltados com o uso da imagem a destruíram.
Dom Odilo relatou que se comoveu ao ver uma fotografia do local da imagem. “À frente da imagenzinha, duas pessoas agachadas na calçada, cabeça coberta, possivelmente drogadas, em atitude de oração. Ao lado, um cachorro, fazendo-lhes companhia...”, disse.
“Essa pessoa, talvez desesperada e tomada de angústia, sentido-se só e abandonada de todos, encontrou conforto e amparo na imagem da Mãe do Salvador, ‘Nossa Senhora do Crack’! Não é profanação. A Mãe de Jesus é também a mãe de todos os homens: "filho, eis tua mãe”, destacou o cardeal.
O arcebispo completou,  chamando a atenção para a dura realidade dos dependentes químicos. “Na perplexidade suscitada pela cena, nossa consciência é tocada. O drama dos dependentes químicos não pode nos deixar indiferentes. São pessoas humanas, são irmãos, são filhos de Deus. Nossa Senhora do Crack, rogai por eles, e por nós também!”.
O artista plástico afirmou que sua intenção foi a de chamar a atenção das autoridades para o problema com as drogas na região. Para isso, ofereceu uma espécie de padroeira aos viciados que se concentram em frente ao local todos os dias para fumar cachimbos de crack.
(Com Informações do G1)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Casamento Gay

CASAMENTO GAY É A DESTRUIÇÃO DA FAMÍLIA - DIZ A CNBB

Terça-feira, 10 de Maio de 2011 - 18:53:25

Um golpe contra a Família....


APARECIDA (SP) – Embora o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo não seja tema da 49ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispos que participam do evento anual, que está sendo realizado em Aparecida (SP) e define as ações da Igreja Católica no Brasil, condenaram o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo. O arcebispo de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, afirmou que a união entre homossexuais aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) representa uma “agressão frontal” à família, fato com o qual a Justiça estará “institucionalizando a destruição da família”.


- Criando essa norma, essa lei, estaremos institucionalizando a destruição da família. Se torna mais uma vez uma agressão frontal à família que nós sempre defendemos – disse o arcebispo de Maringá, que não concorda com o “matrimônio” entre gays: – Não podemos concordar que aí exista uma união matrimonial, porque não existe uma união sacramental entre duas pessoas do mesmo sexo.


Para o bispo de Nova Friburgo (RJ), dom Edney Gouvêa Mattoso, é preciso que haja discernimento entre o que é “união civil” e “casamento”, já que a Igreja Católica condena o casamento entre homossexuais, não a união civil.


- Uma coisa é união civil, outra é casamento. A Igreja se posiciona contrária a questão do casamento. O casamento, do ponto-de-vista religioso, é um sacramento e tem suas orientações próprias. Agora, o direito de duas pessoas de conviver e constituir um patrimônio, com direito a herança, penso que é consenso. Mas essa união não pode ser chamada de casamento – pregou o bispo.


Seria uma contradição, conforme o ponto-de-vista de dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte, a Igreja defender a infelicidade das pessoas, mas a felicidade, conforme seus princípios, não deve ter como base uma família homossexual.



- A Igreja não deseja a infelicidade das pessoas. Isso seria uma contradição em si mesma. Ela busca, na fidelidade de Jesus, a salvação das pessoas, portanto a realização plena das pessoas. A Igreja, ao pensar assim, não está castigando ninguém, não está sendo proibitiva, leviana. Não, ele entende que o ser humano de fato se realizará na profundidade de sua relação na constituição de uma família a partir de um casal homem e mulher. Não homossexual.


Em tom didático, dom Joaquim Mol, que já foi professor da PUC-MG, observa que a discussão que acontece a partir da proposta de união gay em votação no STF deve servir para que a Igreja reforce suas convicções


- No Brasil nós deveremos dar o exemplo de reforçar nossa ação na criação de convicções das pessoas. Essas questões todas que tem sido discutidas ultimamente no Brasil, em outros países já foram discutidas, inclusive aprovadas. A Igreja não deseja ficar brigando apenas pela lei. Ela deseja uma lei muito boa e, se a lei contempla o que ele acredita, melhor ainda. Mas se isso não acontece, como já acontece em muitos países, e em algumas situações no Brasil, o que as Igreja precisa fazer é gerar convicções – defendeu o bispo mineiro.


Como exemplo, dom Joaquim Mol cita a hipótese de criação de uma lei que permitisse roubar que, mesmo aprovada, não teria a prática dos católicos convictos.
- Se essa lei for criada, que nós trabalhemos com a convicção tal que o cristão, seguidor de Jesus, diga assim: ‘Embora a lei me faculte isso, por convicção e porque sou seguidor de Jesus e seu evangelho, eu não vou.’ É a ação como resultado da convicção.


Mais comedido, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, observou que, assim como o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a igreja católica no Rio quer garantir direitos civis a funcionários públicos, cidadãos que constroem um patrimônio em conjunto, a Igreja Católica quer preservar o direito de todos


- A CNBB, como toda a Igreja do Brasil e do mundo inteiro, quer preservar o direito de todos, quer o bem de todos, a dignidade de todos. No caso do Rio de Janeiro, o governador quer que as pessoas tenham direito a herança, uma coisa e outra. São questões financeiras, estão trabalhando juntos, construindo juntos, mas não é uma família. A Igreja sempre defendeu, defende e defenderá os direitos das pessoas, é contra qualquer exclusão – defendeu.


Dom Orani afirma que não há qualquer divergência dos católicos em relação a duas pessoas que constroem os seus bens em conjunto, mas em relação ao que se entendo como família.
- O que a Igreja coloca é que partimos de bases diferentes, a família. A família é uma entidade que vem do direito natural, não é uma decisão da maioria das pessoas. As pessoas tem o direito sim, de ter sua responsabilidade, sua dignidade. Somos favoráveis a isso. Mas não é pela maioria que se diz o que é família.

Familias desestruturadas

Famílias desestruturadas geram indivíduos desequilibrados




A socióloga Vera Araújo salienta que se a família desmorona as pessoas perdem suas referências
A família é a "célula mãe" das comunidades e apesar das crises e problemáticas atuais, é ainda esta formação familiar que agrega a maior parte dos cidadãos.

De acordo com a educadora Sílvia Gaspar, uma família bem estruturada é fundamental no que se refere à formação das crianças e jovens como futuros membros de uma sociedade.

"É na família que se vive e se assimila, para toda a vida, os valores fundamentais do homem e neste relacionamento estreito, com forte ligamento de afeto e cumplicidade é que, em geral, se baseia a conduta de cada um dos cidadãos, quer numa cidadezinha de interior ou numa metrópole”, enfatiza.

A socióloga Vera Araújo, docente da Universidade de Sophia, na Itália, ressalta que a família também é a primeira atingida pelo desequilíbrio social. Deste modo sua importância é fundamental e, através dela, que se inicia a renovação da sociedade que se deseja.

“Na família se gera a solidariedade e o amor. Na família há sexos diferentes, idades diferentes, capacidades diferentes, é um laboratório onde se vive o amor”, elucida a socióloga.

Tendo em vista assim a importância da entidade familiar, segundo a educadora, não é difícil entender que se uma família é bem estruturada pode gerar indivíduos equilibrados e atuantes positivamente em uma comunidade. O contrário também é válido.

“Os pontos mais comuns que prejudicam o convívio familiar e criam mecanismos problemáticos nas famílias são ligados, em geral, às dificuldades sérias encontradas na condução da educação dos filhos; condutas que favorecem um consumismo exacerbado; desatenção à intromissão sem critérios dos meios de comunicação de massa; desvalorização do aspecto da espiritualidade na formação humana”, destaca Sílvia Gaspar.

Dificuldades como estas, em famílias desestruturadas, na maior parte dos casos, gera indivíduos inseguros, carentes de valores, de afeto, prejudicados socialmente, sem força de atuação na própria vida e também no convívio social, explica a educadora.

“Atualmente vários estudos psicológicos comprovam que a relação pai, mãe, filho e irmãos é uma realidade tão profunda e intrínseca no ser humano que seu fracasso pode desencadear uma série de situações de desequilíbrio e sofrimento que vai do aspecto individual e psicológico, ao aspecto comunitário e social, até com patologias mais sérias”, salienta Silvia Gaspar.

Felizmente todo ser humano, bem como as entidades familiares, tem a capacidade de recomeçar e pode até se reestruturar com ajuda espiritual e médica. A educadora enfatiza que uma família com problemas pode, com a ajuda certa, reencontrar um caminho novo, reconstruindo assim a vida dos seus membros.

"Se a família desmorona, as pessoas não sabem onde aprender a amar, pois o próprio amor se aprende, não é algo emocional, ele é vivido de forma concreta. O amor de uma mãe, por exemplo, é concreto e o filho sabe que é concreto, pois a mãe cuida dele e se sacrifica por ele”, reforça a socióloga Vera Araújo.

terça-feira, 15 de março de 2011

Quaresma tempo de Preparação

A Quaresma tem a função de iniciar o caminho para a Páscoa. Sua missão é uma preparação que já antecipa e faz saborear os bens pascais. Começamos uma estrada de quarenta dias, um tempo da graça de Deus.

A primeira tentação de Jesus no deserto é a prova da fome, que recorda a fome do povo hebreu no deserto (Ex 16).
Um povo que murmura contra Deus. É a tentação da riqueza, da busca exclusiva ou excessiva dos bens materiais. O Senhor sai vencedor da provação, pois Ele não vive somente de pão, mas também da Palavra de Deus.
Depois vem a tentação do prodígio, querer transformar o poder de Deus em magia, colocando-o a serviço dos próprios interesses. Isto quer dizer pôr Deus à prova, tentar a Deus!
O povo no deserto também pediu prodígios, mas Jesus, em seu deserto, resiste à tentação!
Sua confiança no Pai é total (Dt 6,14-16). A provação continua quando Jesus é tentado a adorar um ídolo. Há muito tempo, outros adoraram um bezerro de ouro e agora Jesus se recusa heroicamente a prostrar-se diante de Satanás.

Ser fiel à nossa condição humana, sem mur murar contra o Senhor! É uma aventura maravilhosa a ser percorrida com a graça de Deus, que nos acompanha. Alguém nos toma pela mão, conduzindo nos ao porto seguro. Durante esta semana, é hora de passear pelos recantos de sua história, sem medo de enxergar muitos pontos escuros, deixando agora que a Palavra de Deus a ilumine. Converse com o Senhor sobre suas lutas mais frequentes e busque fontes de discernimento para crescer. Há quanto tempo você não confronta sua vida com a graça de Deus no Sacramento da Penitência? Já aproveitou alguma ocasião para conversar com uma pessoa mais firme na fé que possa ajudar? A semana de Retiro Popular começa na Missa Dominical, que será preparada com a leitura dos textos da Liturgia:
Na primeira semana da Quaresma, escolha um dia para fazer, de acordo com suas condições pessoais, o exercício do jejum ou um gesto de penitência ligado ao que você tem em alimento. Não se trata de negar o valor dos alimentos, mas escolher o que mais lhe convém para o crescimento da vida cristã. É bom dar aos pobres o correspondente à sua renúncia. Pode ser com a doação de uma cesta ou alguns mantimentos a quem necessita.


Roteiro diário

Oração: Reze esta oração, composta pelo papa Paulo VI. Pouco a pouco, você saberá repeti-la com calma e ser acompanhado por ela muitas vezes durante o ano.

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos, para servir a todos, para sofrer por todos! Um coração grande e forte, para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.

Leitura orante da Palavra de Deus: Leia o texto indicado para cada dia, escolhendo o Evangelho do dia ou uma das leituras indicadas pela Igreja.

Gestos penitenciais: Três práticas acompanham nossa Quaresma: a oração, a penitência ou jejum e a caridade. Acolha nossas propostas e exercite a criatividade, descobrindo e atualizando estas práticas em sua vida diária.

Dia 13 de março, primeiro domingo da Quaresma
“Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós”.
Gn 2,7-9;3,1-7
Sl 50 (51),3-4.5-6a.12-13.14.17 (R/. cf. 3a)
Rm 5,12-19
Mt 4,1-11