terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ECA Completa 20 anos e não é Cumprido

Legislação

ECA completa 20 anos e não é cumprido, dizem especialistas





O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 20 anos em 2010 com o status de ser uma das legislações mais avançadas do mundo na área. Porém, mesmo passado tanto tempo, especialistas alertam que ele ainda não é cumprido.
A gerente executiva da Fundação Abrinq, Denise Cesario, explicou que o ECA propõe uma ação articulada entre todos os setores da sociedade para garantir que as políticas de proteção sejam desenvolvidas e implementadas.
“O ECA é tão complexo que, mesmo após 20 anos, sentimos que existe uma necessidade de maior conhecimento da lei. Esse modelo de legislação precisa ser conhecido profundamente para que seja legitimado. A sociedade brasileira, além das instituições que compõem o sistema de proteção, também precisa entender o que essa legislação significa”, disse.
O presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis da OAB de São Paulo, Ricardo Cabezon, afirma que as maiores resistências ao cumprimento da lei seriam dos órgãos públicos que atuam na área infantojuvenil, como a própria polícia, a Justiça, os conselhos tutelares e as organizações não governamentais.
“O ECA é muito bom, mas seria melhor ainda se fosse cumprido. A malha protetiva, por não ter profissionais que dominem o conhecimento da matéria, acaba fazendo com que os direitos não sejam observados e a norma não seja efetivamente aplicada”, afirmou.
Denise alega que falta investimento do estado nos órgãos responsáveis pelo atendimento a crianças e adolescentes. Sobre os conselhos tutelares, por exemplo, eles não existem em todos os municípios do país e não há um investimento na estrutura física e na formação de pessoal.
Os conselhos municipais de direito da criança e do adolescente, que são os responsáveis pela formulação das políticas voltadas à criança e ao adolescente, também não recebem investimentos efetivos para ter funcionamento adequado.
Mesmo os juízes que atendem nas Varas da Infância e Juventude, muitas vezes acumulam trabalho em outras áreas e não se dedicam integralmente a aprofundar a prática nos casos ligados ao ECA. “Nós precisamos é de investimentos orçamentários para que esse sistema funcione efetivamente e que a sociedade brasileira compreenda quais os paradigmas que traz o ECA”, disse Denise.
Já o vice-coordenador institucional da Associação de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Maranhão (ACECTMA), Raimundo Rodrigues da Silva, afirma que em muitas cidades falta o atendimento especializado ao jovem, que está previsto no estatuto. “Há um despreparo do sistema de garantia de direitos para atender os jovens em conflito com a lei. Falta o estatuto ser aplicado em sua plenitude dentro desse sistema e falta o sistema trabalhar de forma organizada e articulada para o suporte desses adolescentes.”
Pontos questionáveis
O único a citar pontos questionáveis no ECA é o presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis, Ricardo Cabezon. Ele ressalta que é uma legislação de ponta e atualizada, porque possui princípios em aberto que podem ser usados pelos juízes na aplicação das medidas, mas afirma que há alguns itens de termos interpretativos que poderiam ser mais bem resolvidos.
“Cabe um debate sobre adequação da medida socioeducativa à gravidade do ato infracional praticado. Por exemplo, a aplicabilidade da medida em casos graves demandaria talvez um prazo maior do que três anos para vermos os efeitos da internação no indivíduo e acompanharmos melhor essa pessoa”, disse.
Já Silva, em relação a medidas socioeducativas, afirma que os jovens que cometem atos infracionais muitas vezes deixam de ser punidos até que cometem algo grave e acabam internados.
“Muitos adolescentes, quando são detidos e levados para a delegacia, encontram delegados despreparados e que não fazem os procedimentos, então são liberados. Somente chegam ao Judiciário os casos mais graves, para que sejam aplicadas as internações, que são as medidas mais duras previstas pelo ECA. Se o sistema funcionasse de fato, os adolescentes poderiam pegar medidas mais leves e realmente educativas, como prestação de serviço à comunidade, reparação do dano e liberdade assistida”, afirmou.
Para Silva, a internação nem sempre acontece em uma unidade adequada para atendimento dos jovens e pode não ter os profissionais adequados. “Em vez de a internação prepará-lo para voltar ao convívio da sociedade, será mais um espaço de fazê-lo mais violento quando sair de lá”, disse.
Sociedade
Para Cabezon, a população ainda não tem a cultura do cumprimento da lei relacionada à criança e ao adolescente. “Ao falarmos em ECA, as pessoas pensam em um sistema extremamente protetor, que banaliza a relação entre pais e filhos, mas isso não é verdade. Nos pontos que a constituição fala que a questão é da família, da sociedade e do estado, ou seja, de todos, ela acaba sendo de ninguém. Ninguém enfrenta a situação. As pessoas estão desacostumadas a olhar para a criança e adolescente como um sujeito de direitos”, disse.
Denise concorda que o senso comum ainda tem resquícios de uma cultura do passado, de antes da implementação do  ECA. “Quando se diz que a criança não pode trabalhar, a pessoa responde que trabalhou e é uma pessoa de bem. Isso funcionou bem em um momento onde não existia uma legislação especifica que garantisse o direito dessa criança e que permitia a atividade laboral, mas já não serve mais hoje em dia. É necessário mudar a compreensão da legislação, que é muito avançada e objeto de estudo de muitas nações, e fazer investimentos para que esse sistema de garantias consiga ser efetivado”, disse.
Prevenção
No entanto, os especialistas ressaltam que não adianta simplesmente fazer a legislação ser cumprida, se não existir políticas preventivas ao ato infracional e que ofereçam suporte aos menores, como acesso a escola e a emprego.
“Não adianta ter um sistema punitivo ou que, eventualmente, venha a respaldar o direito de uma criança e um adolescente, se na prática ocorre o contrário. Não basta trabalhar a repressão, precisa trabalhar também a prevenção, pois quando o jovem sai, encontra o mesmo contexto, revê o traficante para quem ele está devendo dinheiro, as pessoas com que ele estava envolvido e volta, se não igual, pior”, afirmou Cabezon.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Relação sexual pré-matrimonial


Imagem de Destaque

Relação sexual pré-matrimonial

Vários são os fatores que servem de estímulo para os casais

É um grande desafio para a juventude viver a castidade até o matrimônio, a chamada "castidade da juventude". Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a castidade "significa a integração da sexualidade na pessoa. Inclui a aprendizagem do domínio pessoal". É uma vivência que, aliada à ordenação dos desejos, torna-nos sempre mais semelhantes a Cristo, conduzindo-nos a uma busca pela santidade de maneira responsável.

Entretanto, a castidade é um grande desafio para os casais de noivos no tempo que antecede o matrimônio, pois vários são os fatores que servem de estímulo à prática da relação sexual antes do casamento em uma sociedade supererotizada.

Nesse contexto, no qual o jovem vive a sua sexualidade, eles são incentivados a todo o momento, e por diversos meios, à busca pelo prazer a qualquer preço, resultando na prática de relações sexuais pré-matrimoniais, também conhecida como fornicação.

Há os que buscam o sexo por "aventura" ou uma relação sexual "ocasional", tipo de envolvimento que ocorre quando o jovem, na busca pelo prazer, numa simples experiência pessoal e prazerosa, faz da outra pessoa um objeto de satisfação momentânea. Trata-se daqueles encontros que, de modo geral, acontecem em bailes, festas, na rua ou mesmo em casas de prostituição.

Existe também a relação sexual entre namorados que ocorre quando o casal inicia um relacionamento heterossexual com algumas características singulares (conhecimento mútuo, amizade, respeito, carinho), mas, apesar disso, se encontram em um estágio de superficialidade, pois desconhecem a linguagem do amor. Como nos casos citados anteriormente, mesmo entre namorados trata-se de um modo de satisfação momentânea, uma busca irresponsável pelo prazer, pois ainda não existe um compromisso amadurecido.

Outra forma de praticar o ato sexual que vai totalmente contra os preceitos da Igreja está presente na relação sexual "extramatrimonial": o adultério.

A relação sexual vivida em um amor autêntico é entrega pessoal total e definitiva, por isso precisa estar acompanhada do compromisso definitivo selado diante de Deus e da comunidade.

Qualquer que seja o propósito dos que se envolvem em relações sexuais prematuras, ainda que realizadas com sinceridade e fidelidade, por si só, não é o meio mais adequado para garantir a relação interpessoal verdadeiramente honesta entre um homem e uma mulher e para protegê-los contra os devaneios, as fantasias e os caprichos das paixões. Portanto, a Igreja convida os noivos a viver a castidade na continência. "Nessa provação, eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus" (CIC 56).

Torna-se cada dia mais necessário e urgente que as famílias cristãs católicas deem testemunho de respeito, de fidelidade, de amor, de carinho e do verdadeiro valor do matrimônio e da família. Assim, serão exemplos de um amor verdadeiro e honesto.


(Trecho do livro: "Sexualidade, o que os jovens sabem e pensam").

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Vida e Familia Estado deve Proteger

Estado deve proteger vida e família, diz Papa

Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução equipe CN Notícias)


Reuters
Papa celebra missa na Catedral dedicada à Sagrada Família em Barcelona
A Basílica da Sagrada Família de Barcelona, que iniciou sua construção há 128 anos, hoje “mostra ao mundo o amor, o trabalho  e o serviço vivido diante de Deus, assim como se via na Sagrada Família de Nazaré”, afirmou o Papa Bento XVI durante sua homilia deste domingo, 6.

A igreja projetada pelo grande gênio catalão, o arquiteto Antoni Gaudì, ainda hoje está em construção, sob responsabilidade do arquiteto Jordi Bonet.

Acesse
.: Homilia na íntegra

.: Programa da viagem de Bento XVI à Espanha

Falando das promessas sociais alcançadas no mundo contemporâneo, o Papa disse que não é possível se contentar.

“Devem estar sempre presentes os progressos morais, com atenção, proteção e ajuda à família, pois o amor generoso e indissolúvel de um homem e uma mulher é o quadro efetivo e fundamental da vida humana na sua gestação, no seu nascimento, no seu crescimento e no seu término natural”, ressaltou.

Por isso, a Igreja, destacou Bento XVI, invoca adequadas medicas econômicas e sociais afim que a mulher possa encontrar a sua plena realização na casa e no trabalho.

“Para que o homem e a mulher que se unem em matrimônio e formam uma família sejam definitivamente sustentados pelo Estado, afim que de defenda como sagrada e inviolável a vida dos filhos, desde o momento da concepção, de modo que o nascimento seja desejado, valorizado e sustentado sob o plano jurídico, social e legislativo”, enfatizou.
O Santo Padre ressaltou ainda que a Igreja se opõe a qualquer forma de negação da vida humana e sustenta aquilo que promove a ordem natural no âmbito da instituição da família.

MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

Terça-feira, 09 de novembro de 2010, 08h45

Pastoral do Menor lança campanha em prol de medidas socioeducativas


CNBB


A Pastoral do Menor (Pamen) lançou nesta segunda-feira, 8, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Campanha em Favor das Medidas Socioeducativas cujo objetivo é sensibilizar a sociedade a lançar “um olhar diferente para crianças e adolescentes autoras de atos infracionais”, conforme explicou a coordenadora nacional da Pamen, Marilene Cruz.

Além da campanha, a Pastoral lançou as cartilhas “Prá Pagar de Boa” e “Liberdade Assistida – Um projeto em construção”, que traz o trabalho de Liberdade Assistida feito pela Pastoral do Menor de 2002 a 2007.

O principal foco da campanha é programar o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) que pretende ajudar adolescentes infratores (pessoas que têm entre 12 e 18 anos de idade) a terem uma segunda chance de reconstruírem suas vidas. A campanha também prevê a aplicação da liberdade assistida para adolescentes autores de atos infracionais. Trata-se de uma das seis medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que responsabiliza o adolescente que cometeu delito sem o afastar do lar, da escola e do trabalho. Neste caso, o adolescente fica sob a supervisão de um orientador.

“Dê oportunidade – Medidas Socioeducativas responsabilizam, mudam vidas”. Este é o tema da campanha, que foi explorado pelo jovem David Freitas da Silva, símbolo da Campanha. Beneficiado pela Liberdade Assistida logo depois que deixou o sistema de internação no município de Serra (ES), David, hoje com 23 anos,  deu seu testemunho. afirmando que o projeto de Liberdade Assistida é válido e muda vidas. “As Medidas Socioeducativas dão certo porque são feitas por profissionais competentes que têm amor pelo que fazem. Eu participei e fui recuperado. É um projeto que traz confiança ao jovem e por isso tem o poder de resgatá-lo”, declarou, emocionado, David. O jovem atua na Pastoral do Menor como multiplicador dando testemunho do trabalho feito em sua vida.

A representante do Conselho Nacional Criança e Adolescente (Conanda) ,Mirian Maria José dos Santos, disse que o sistema de internação de adolescentes brasileiro é “semelhante aos campos de concentração nazistas” e por isso “não ressocializam jovens”. Ela frisou que, no atual sistema, impera a violência. “Os jovens que passam por internação saem iguais ou piores do que entraram porque não há uma política que trabalhe para eles reconstruírem suas vidas em liberdade. Lá dentro só há violência”.

O secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, parabenizou o trabalho da Pastoral do Menor e das entidades parceiras na Campanha e assegurou que o melhor remédio para o adolescente infrator é uma segunda chance.

“É fundamental mostrar que é possível acreditar na criança e no adolescente mesmo quando eles estejam envolvidos em algum tipo de infração. É muito importante para a sociedade acreditar na pessoa humana, pois não existe, no projeto de Deus, uma pessoa que seja irrecuperável; pelo contrário, a experiência tem mostrado que nossos irmãos adolescentes, quando recebem carinho e afeto e têm uma segunda chance, eles com certeza podem descobrir o seu protagonismo e se tornarem pessoas renovadas na construção da sociedade”, sublinhou.

Da mesma forma, o bispo de Paracatu (MG) e responsável pela Pastoral do Menor, Dom Leonardo de Miranda Pereira, que desenvolve o trabalho com as medidas socioeducativas desde março de 2006, em sua diocese, garantiu que o rebaixamento da idade penal para 16 anos não é a melhor forma de combater o problema.

“A redução da maioridade penal jamais vai acabar com atos infracionais. Só tem como acabar com as infrações cometidas por menores se o sistema ir a fundo e descobrir a fonte que leva ao erro: o crime organizado, aliciadores de menores etc. O mais assertivo e efetivo é enfrentar o caminho das pedras e não o caminho fácil da redução da idade penal”, defendeu o bispo.

sábado, 6 de novembro de 2010

CLINICA PUBLICA ÁRA JOVENS DEPENDENTES

Deputado reivindica clínica pública para jovens dependentes

04/11/2010
Por Equipe PAB
paulo-drogas
Segundo deputado, atendimento oferecido na BS está limitado a clínicas particulares e casas de recuperação mantidas por entidades assistenciais. Foto: Equipe PAB
Para suprir a falta de vagas em casas de recuperação de dependentes das drogas na Baixada Santista, o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) voltou a reivindicar, ao Governo do Estado, a implantação de uma clínica pública especializada no tratamento de crianças, adolescentes e jovens. O parlamentar defendeu a realização de convênios com entidades assistenciais da região para ampliar o atendimento de usuários.
De acordo com o deputado, a Secretaria de Estado da Saúde já dispõe de clínicas para dependentes. A primeira foi criada em março de 2009 em São Bernardo do Campo em um convênio com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Grupo de Saúde Bandeirantes. Na unidade, uma equipe multiprofissional é responsável pelo acompanhamento dos pacientes, que ficam internados por cerca de 40 dias.
Durante o período de tratamento, eles são submetidos, individualmente, a um programa terapêutico com várias atividades diárias que incluem aulas de dança. A clínica também trabalha para melhorar a auto-estima dos pacientes, realizando terapias de grupo. Mais de 70% dos pacientes atendidos na clínica são ex-usuários do crack.
“As vagas oferecidas na região se limitam a clínicas particulares e casas de recuperação mantidas por entidades sem fins lucrativos, muitas das quais funcionando com muitas dificuldades financeiras. Não há locais que recebam exclusivamente crianças e adolescentes, grupo que representa uma boa parte dos usuários de drogas. Hoje, esse tipo de atendimento só é disponível em outras regiões do Estado”, ressaltou o deputado.
Ele lembra que o problema atinge pessoas das mais variadas classes sociais, mas são as oriundas de famílias pobres que enfrentam as maiores dificuldades. “Primeiro, o jovem dependente precisa aceitar o tratamento, que vai exigir muita superação e apoio familiar. Quando isso acontece, o desafio é conseguir um lugar que aceite interná-lo gratuitamente. É uma luta que só aumenta o sofrimento”, explicou Paulo Alexandre.
Em 2008, por iniciativa do deputado, a Assembleia Legislativa realizou o 1º Encontro Legislativo de Educação para discutir o problema das drogas. Para o próximo encontro, que deverá ser realizado em 2011, o parlamentar quer colocar novamente o tema em debate. Serão convidados especialistas, autoridades e educadores. “O enfrentamento das drogas exige muita informação e prevenção. E a escola, juntamente com a família, tem um papel importante na conscientização”.
drogas
Maior parte dos usuários de drogas é composta por adolescentes e jovens.
Idade da Pedra – O crack é hoje a droga que registrou o maior aumento nos indicadores nacionais de consumo de entorpecentes. Levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) em 108 cidades revelou que 0,1% da população fumou crack nos 12 meses anteriores à pesquisa, realizada em 2005. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial do uso do crack com cerca de 1,2 milhão usuários. A idade média para o início do vício é de 13 anos.
A consequência da mudança do perfil dos usuários já reflete nas estatísticas da Secretaria de Saúde do Estado. Em 2006, 179 pessoas, na faixa etária de 10 a 18 anos, se submeteram ao atendimento especializado oferecido aos dependentes. Em 2008, o número foi 371 casos, o que corresponde a um aumento de 107%.
No mesmo período, também cresceu o total de usuários com renda familiar acima de R$ 10 mil. Nas clínicas particulares do Estado, cerca de 60% das internações foram de usuários de crack. Pesquisa da Unifesp aponta ainda que a mortalidade associada ao crack é de 30%. Metade das vítimas morre em confrontos violentos com traficantes ou policiais

sábado, 30 de outubro de 2010

Campanha - A vida depende do seu voto!




CAMPANHA NACIONAL POR PARLAMENTOS E GOVERNOS EM DEFESA DA VIDA
A VIDA depende do seu VOTO!

O voto fortalece a democracia.
Estamos em ano eleitoral. Mais uma vez a democracia brasileira será fortalecida e consolidada pelo exercício do voto, esse nobre direito da cidadania. Nosso voto é muito valioso, e precisamos estabelecer critérios muito claros na hora de escolher as pessoas que vão nos representar na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e no Executivo. Voto consciente é aquele que leva em conta os princípios e valores dos candidatos, para eleger pessoas que realmente representem nosso modo de pensar.
O mais importante de todos os direitos humanos – o direito à  vida.
Que critérios teremos? Honestidade, compromisso com a ética e com as necessidades do povo, competência administrativa e respeito e valorização da vida.  A prática do aborto é crime em nosso país, mas é feito clandestinamente, e tem ceifado inúmeras vidas indefesas que são assassinadas covardemente no útero de suas mães. A solução não está na legalização, mas em políticas que garantam que:

  1. todas as mulheres que engravidam tenham atendimento de qualidade nos postos de saúde e nos hospitais públicos até o momento do parto;
  2. haja ampla campanha de esclarecimentos quanto à prevenção à gravidez indesejada, respeitando os princípios e as convicções religiosas de cada pessoa;
  3. não se promova ou permita a distribuição  da “pílula do dia seguinte” para os jovens e adolescentes, pela rede pública de saúde, uma vez que este medicamento tem efeito abortivo,. Isto se aplica também ao DIU.
Escolha candidatos comprometidos com a  vida - desde a concepção.
Temos que eleger pessoas comprometidas com a defesa da vida do momento da concepção até a morte natural. Lembre-se: a Vida depende do seu Voto. Vote em quem é contra o aborto e não defende a sua legalização. Se você ainda não tem os seus candidatos ou candidatas pró-vida, clique aqui e verifique na lista o(a)s candidato(a)s do seu Estado e vote nele ou nela, com a consciência de que seu voto contribuirá para a construção de um Brasil  mais justo, mais solidário e mais humano. Um Brasil sem Aborto. Se você conhece um candidato pró-vida que ainda não consta do site, coloque-o em contato conosco.
 Movimento Nacional da Cidadania  pela Vida
Brasil Sem Aborto.
Informações pelo telefone: (61) 3345-0221 - 
E-mail: cidadaniapelavida@gmail.com

Religiosos defendem discurso do papa

JORNAL ATRIBUNA - SANTOS/SP

Ronaldo Abreu Vaio Créditos: Irandy Ribas

D. Jacyr Francisco Braido diz que é preciso haver consciência pessoal .

Causaram furor as declarações do Papa Bento 16, para que os fiéis católicos fossem orientados politicamente, ao mesmo tempo em que condenou o aborto e a eutanásia. As declarações foram feitas a um grupo de bispos brasileiros em visita ao Vaticano, a apenas 72 horas do segundo turno das eleições presidenciais. Especificamente em relação ao aborto, tem sido um tema bastante explorado pelos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Roussef (PT). 

A Tribuna consultou religiosos da região para saber até que ponto a política é um tema presente em suas paróquias e sobre as declarações do Sumo Pontífice. A maioria deles não considera que o discurso do papa influencie o eleitorado a escolher um ou outro candidato. "Nós orientamos para que haja uma consciência política, não partidária, mas para que votem da melhor maneira possível, dentro da moral cristã", diz e o diácono Marco Antonio Rossi, da Paróquia São Paulo Apóstolo, em Santos. 

Rossi, que é de São João da Boa Vista e está há 3 anos em Santos, considera fundamental a conscientização política. "Vamos eleger pessoas que farão leis para que nós as cumpramos", justifica. Quando acha necessário, faz essa conscientização no final das missas, durante os avisos da paróquia, "não mais de 3 minutos". Abstém-sede abordar política nas homilias," que é o momento da palavra de Deus." 

Contra as leis de Deus 

Antes do primeiro turno das eleições, o padre Cláudio da Conceição, da Paróquia Santa Rosa de Lima, no Guarujá, evocou a Lei da Ficha Limpa para ajudá-lo nesse processo de conscientização política dos fiéis. "Falei para que o voto fosse consciente". Em relação à delicada questão do aborto, Cláudio crê que, indiretamente, a posição da Igreja acaba tendendo para determinado candidato. Para ele, a posição da Igreja é anterior à disputa política atual. "A Igreja sempre se posicionou a favor da vida, não é de agora. Os governantes têm que ver isso. O aborto vai contra as leis de Deus, a Igreja é contra". E conclui: "Padre sempre será padre. Político é só por algum tempo". 

O padre Valdeci João dos Santos, da Paróquia Nossa Senhora da Lapa, em Cubatão, defende a participação política Igreja, a partir de um ponto de vista social, sem partidarismos. "A política como bem-estar. Por exemplo, a Baixada Santista não pode viver o caos da dengue, o caos do trânsito... e aquele menino, pedindo uma moeda no sinal, é meu irmão". 

Consciência pessoal 

O bispo diocesano de Santos, D. Jacyr Francisco Braido, se diz "plenamente sintonizado com as afirmações do Santo Padre", cujo discurso "se situa dentro da concepção cristã da vida, em todos os seus aspectos". Também lembrou aos cristãos "o direito e o dever de usarem do próprio voto com plena liberdade e responsabilidade para a promoção do bem comum e da vida cristã. O voto é responsabilidade direta de cada cidadão diante de sua consciência pessoal, diante da sociedade e diante de Deus".

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chalita ajudará PT a avançar entre religiosos

  Publicidade DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Eleito deputado federal com a segunda maior votação do Estado, Gabriel Chalita (PSB), ex-secretário de Educação de Geraldo Alckmin (PSDB), tornou-se aliado de primeira hora da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Ex-tucano, diz que não admira José Serra (PSDB). 

Com 560 mil votos e forte ligação com a ala carismática da Igreja Católica, será uma das armas do PT para avançar entre os religiosos. "Vou me empenhar pessoalmente nisso", afirmou em entrevista à Folha. Confira os principais trechos da conversa. Veja mapa com todos os resultados das eleições Veja a cobertura completa sobre as eleições Acompanhe a Folha Poder no Twitter Conheça nossa página no Facebook O sr. ganhou espaço na campanha de Dilma Rousseff. 

Como é a sua relação com ela? Gabriel Chalita - Eu respeito muito a Dilma e outros nomes do PT. Dei a ela o que pude de sugestões, principalmente na área da educação. Por outro lado, tenho amizades no PSDB. Torci pela vitória do Antonio Anastasia, em Minas, e creio que o Geraldo Alckmin fará grande governo. Política é construir pontes, e eu fiz isso. O sr. não falou de José Serra. Qual a sua opinião sobre ele? O Serra tem qualidades. Mas, pessoalmente, não é um político que eu admire. Como o sr. avalia a polêmica em torno da posição de Dilma Rousseff sobre o aborto? A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas. O sr. tem uma relação muito forte com a ala carismática da Igreja Católica. Vai se empenhar para desmentir esses boatos entre os religiosos? Me empenharei pessoalmente nisso. Não é só uma defesa da Dilma, mas da maturidade no debate político. O sr. acha que a Igreja contribui para o debate político? Contribui, mas quando não usa a instituição para influenciar o voto. É importante que a igreja promova o debate, para que os fiéis saibam como pensam os candidatos. Mas o Estado é laico e acho que ele tem que ser laico. Ninguém ouviu o cardeal de São Paulo [dom Odilo Scherer] ou o arcebispo do Rio de Janeiro [dom Orani João Tempesta], declarando votos. Eles foram prudentes. O sr. é candidato a assumir o Ministério da Educação? Sou candidato a fazer a lei de responsabilidade da educação, que é uma lei que estabelece sanções a quem não cumpre metas. O que falta no Brasil é continuidade. Temos bons projetos. Mas o sr. sonha em assumir a pasta? Não. Não penso nisso. E acho que nem ela [Dilma Rousseff] pensa nisso. Seria indelicado começar a pensar no governo sem estar eleita.

Educar Filhos

Imagem de Destaque

A missão de educar os filhos

Com palavras certas, se forma o novo homem

O pai e a mãe são representantes de Deus na vida dos filhos; por isso têm autoridade sobre eles. Então, é vontade do Senhor que estes cumpram muito bem a missão de educá-los para a sociedade e para o céu. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que:

"O papel dos pais na educação dos filhos é tão importante que é quase impossível substituí-los". E que: "O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais" (CIC n. 2221; FC 36).

Para isso os genitores devem criar um lar tranquilo para os filhos, no qual a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado sejam cultivados. Nele a abnegação, o reto juízo, o domínio de si devem ser cultivados, para que haja verdadeira liberdade.

Diz o livro do Eclesiástico:

"Aquele que ama o filho castiga-o com frequência; aquele que educa o seu filho terá motivo de satisfação" (Eclo 30, 1-2). Esse "castiga-o com frequência" deve ser entendido como "corrige-o com frequência". E São Paulo lembra que os pais não podem humilhar e magoar os filhos ao corrigi-los: "E vós, pais, não deis a vossos filhos motivo de revolta contra vós, mas criai-os na disciplina e na correção do Senhor" (Ef 6,4).

E é bom lembrar aos genitores que saber reconhecer, diante dos filhos, os próprios defeitos não é humilhação, mas sim, coerência, e isso facilita guiá-los e corrigi-los, como ensina o próprio Catecismo da Igreja Católica (n. 2223).

"Os filhos, diz o Catecismo, por sua vez, contribuem para o crescimento de seus pais em santidade. Todos e cada um se darão generosamente e sem se cansarem o perdão mútuo exigido pelas ofensas, as rixas, as injustiças e os abandonos. Sugere-o a mútua afeição. Exige-o a caridade de Cristo" (CIC n. 2227; Mt 18,21-22).

O apóstolo São Paulo também ensina como a família deve viver para fazer a vontade de Deus:

"Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isso é justo. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: 'Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra' (cf. Dt 5,16). Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor" (Ef 6,1-2).

Para educar bem os filhos é preciso ter tempo para eles; colocá-los entre as nossas prioridades; gastar o tempo com eles. Sem estar na presença deles é impossível educá-los, por isso é uma atividade que exige observação e atuação. E para educá-los é preciso acolhê-los e acolher seus amigos; não empurrá-los para fora de casa. Acima de tudo é preciso saber conquistá-los, não com o que se dá a eles, mas como se é para eles. Os filhos precisam sentir um santo orgulho dos pais pela sua grandeza, pela sua maneira correta de agir, de falar, de lhes tratar, de se dedicar a eles. Sem isso não é possível educá-los bem.

É preciso corrigir os filhos, mas isso precisar ser feito com jeito, com carinho, com palavras corretas, sem nervosismo, na hora e no lugar certo, e jamais na presença dos irmãos e de outras pessoas porque isso os humilha. E um filho humilhado pelo pai e pela mãe não ouvirá os conselhos destes.

domingo, 5 de setembro de 2010

Gerar novas famílias para Deus

WebTVCN  ver video

Estamos acompanhando a exortação que São Paulo faz a uma comunidade, a comunidade de Corinto. Uma comunidade cheia de dons, mas que foi tomada de partidos. 'Escrevo-vos tudo isto, não com a intenção de vos envergonhar, mas para vos admoestar como meus filhos queridos.'

A Primeira lição que a primeira leitura trás é: pai que é pai corrige, como São Paulo corrigiu. Não para envergonhar os seus, mas para direcionar no caminho certo.

Sem educação dos filhos a geração é um ato imperfeito e incompleto. Os pais são os primeiro e os principais educadores. Família é o lugar onde adquirimos os princípios. A família é, por tanto, a primeira escola de virtude sociais.

O futuro de uma sociedade não pode se realizar sem a participação das famílias. A salvação da pessoa está ligada ao bem estar da familiar.

A responsabilidade de educar o seu filho é sua. Essa responsabilidade não pode ser "terceirizada". É comum pais deixarem que a TV eduquem os filhos, isso não pode acontecer.

Pais, vocês não têm o direito de transferir a educação dos seus filhos para escola, a escola é parceira e não substituta. As vezes deixamos as escola educar os filhos, para trabalharmos, mas esquecemos o prejuízo que é a ausência dos pais na nossa família.

Pais que trabalham e deixam suas esposas em casa, compreenda que suas mulheres trabalham em casa, e trabalham muito, e a educação dos seus filhos não é missão apenas dela. O homem, o pai é insubstituível na vida do seu filho. Então seja pai de verdade.

Gerar um filho na carne sem educar, é um ato incompleto.

A ausência do pai pode levar os filhos para gestos e inclinações femininas. É Preciso que dentro de uma casa tenha um modelo de homem. Ninguém pode fazer o papel do pai, só você pode fazer, uma boa escola não substitui a sua presença.

O melhor método de educação é o exemplo dos pais. Pai e mãe quais os exemplos vocês têm dado para os seus filhos? É necessário que os pais façam antes e depois cobrem dos seus filhos. Não cobrem dos seus filhos o que vocês não têm coragem de fazer.

''De fato, mesmo que tivésseis dez mil educadores na vida em Cristo, não tendes muitos pais. Pois fui eu que, pelo anúncio do Evangelho, vos gerei em Jesus Cristo.''

Nada substitui o pai. É Palavra de Deus que diz. Pode ter 10 mil missionários da Canção Nova evangelizando, de nada adianta se não temos pais presentes.

Pai e mãe preste atenção! Gerar um filho na carne sem educar, é um ato incompleto.

Vovós não ocupem o lugar da mãe nas vidas dos seus netos, cuidado para você não abrir a creche da vovó. Sei que é por amor, mas o seu filho e filha precisa ter responsabilidade nas vidas que colocam no mundo, se não eles continuarão gerando para você educar.

Pais gerem com o coração também. Quantos filhos estão tomando esta atitude de ser pais que geram espiritualmente.

Hoje é preciso restaurar os papéis da nossa família. Há filhos que mandam na sua casa, porque os pais se comportam como filhos. Tem gente que paga escolas caríssimas, mas que por estar ausente deixa o filho ter contato com traficante que vende droga na esquina da escola, e você não vê a alteração do seu filho que está envolvido com droga, porque está trabalhando. Que o Senhor restaure a sua família. Que você, através da oração, ocupe o seu lugar na família. Permita que Jesus, o restaurador, entre em sua casa. O invoque, leve Deus para os seus.

Homilia baseada no Diretório da Pastoral Familiar - CNBB

Orientações aos católicos sobre eleições e censo

São Paulo, 20.08.2010
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
      Arcebispo de São Paulo

                                                                                    Estimados Padres da Arquidiocese de São Paulo
Escrevo-lhes sobre a campanha eleitoral, já iniciada, em vista das próximas eleições para os cargos do Poder Executivo (Presidente e Governador) e do Poder Legislativo (Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual).
Todos os cargos pleiteados nestas eleições são importantes; por isso requerem atenção especial de nossa parte. O destino político do Brasil, nos próximos anos, estará na mão daqueles que agora forem eleitos.
O Episcopado do Regional Sul I da CNBB (Estado de São Paulo), em sua assembléia de junho passado, emitiu uma Nota com orientações sobre como “Votar Bem“, que lhes envio em anexo..Aconselho-os a divulgarem estas orientações através dos meios à sua disposição, não deixando de imprimir e de difundir as mesmas nos jornais paroquiais e na internet. Trata-se de uma ocasião importante para a formação da consciência política do nosso povo; os eleitores devem exercer bem o seu poder político, mediante o voto, escolhendo candidatos idôneos e comprometidos com o bem comum, com a justiça social, o respeito à vida, à dignidade da pessoa humana e com as demais causas boas.
Ao mesmo tempo, desejo comunicar-lhes algumas orientações da Arquidiocese de São Paulo com respeito ao envolvimento dos espaços e organizações eclesiais na campanha eleitoral.
1. Fique claro que a Igreja não tem uma opção oficial por partidos ou candidatos. Por isso, também os representantes da Igreja (Clero) não devem envolver-se publicamente na campanha partidária (cf Cân. 287 §2; 572).
2. Nas Missas e outras celebrações (homilias, cursos), não deve ser feita campanha explícita para partidos ou candidatos, quer por clérigos, quer por leigos. O envolvimento político-partidário direto do Padre, ou o uso instrumental, para isso, da celebração litúrgica divide a comunidade.
3. Os espaços eclesiais não devem estar, de forma exclusiva, a serviço de um partido ou candidato. Nos mesmos espaços eclesiais (templos, salões paroquiais) não sejam afixados apelos eleitorais de partido ou candidato.
4. No entanto, não se deixe de orientar os fiéis para que votem de modo consciente e responsável, dando o apoio a candidatos que sejam afinados com as suas próprias convicções e que, se eleitos forem, não promovam causas contrárias aos princípios cristãos na sua atuação parlamentar, ou executiva, sobretudo no que diz respeito à dignidade da pessoa e da vida, desde a sua concepção até à sua morte natural. No entanto, não se indiquem nomes.
5. Para melhor conhecimento dos candidatos e de suas propostas, é útil promover encontros de vários candidatos, para o debate e a exposição das propostas, no salão paroquial ou em outros ambientes. Porém, isso não deve ser feito no templo.
Acrescento uma preocupação relativa ao Censo 2010. A pergunta que se refere à religião (”qual é sua religião?”) pode gerar confusão, perplexidade e distorção dos dados da realidade. De fato, quem responder “sou católico”, ou “minha religião é a católica”, será colocado diante de uma lista de nada menos que 27 opções de “católicos” ou de “religiões católicas” supostamente diferentes. Fica a pergunta sobre os reais motivos dessa formulação da questão, quando boa parte das alternativas (bem 12) dizem respeito à mesma Igreja/religião Católica Apostólica Romana. Nossos católicos poderão ser levados a indicar uma opção equivocada, que não corresponda à sua/nossa Igreja ou religião: Católica Apostólica Romana.
Portanto, recomendo que nossos fiéis católicos sejam oportunamente orientados a responder: “sou católico apostólico romano”, ou “minha religião é a Católica Apostólica Romana”. Sugiro que a questão seja explicada sem demora ao povo nas Missas (avisos) e em outras circunstâncias (jornais, revistas, internet). O Censo já está acontecendo. Em anexo, envio-lhes a lista do IBGE, relativa às opções de “católicos” constantes no Censo 2010.
Estimados padres, as questões acima expostas entram no nosso zelo pastoral, para conduzir, defender e servir, quais bons pastores, o rebanho do Senhor confiado aos nossos cuidados. Deus os abençoe e recompense!
Cardeal Dom Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Partidos e candidatos: Qual é sua posição?


A campanha eleitoral vai ganhando corpo e os eleitores são confrontados com os muitos pretendentes ao seu voto. Por enquanto, os “presidenciáveis” são colocados em maior evidência e quase não nos damos conta de que também estão em jogo os cargos de governador, senador, deputado federal e estadual.

Nas questões gerais, todos os gatos parecem pardos. Os candidatos mostram seus planos para a economia, a saúde, a educação, a segurança, o transporte, o meio ambiente… De todos é esperado que tenham ficha limpa, sejam honestos e transparentes no exercício do poder, promovam o bem comum e não apenas o de alguns setores da sociedade. Cabe ao eleitor ouvir, discernir e escolher os cidadãos probos, capazes de governar e legislar com sabedoria e prudência.

Mas deveriam merecer atenção especial os projetos de partido e o rumo que se pretende imprimir ao país. Votamos em candidatos, mas quem dita as regras é o partido. Qual é a ideologia do partido e sua proposta para o exercício do poder? As diferenças entre os partidos e os candidatos aparecem especialmente nas políticas públicas que desejam desenvolver.

Os eleitores querem saber, e têm esse direito, sobre quais serão as políticas sociais para a superação das gritantes desigualdades e o alcance da equidade e da justiça social, como convém a um país que se pretende grande na economia e importante no cenário internacional. Como se posicionam candidatos e partidos sobre os direitos humanos fundamentais? Parece questão pacífica, mas não é, pois nem tudo é claro nos programas de direitos humanos. A questão não pode ser deixada apenas à ação de grupos de pressão, nem ao cálculo de conveniências nas relações internacionais. Por falar nisso, qual será a posição do futuro governo nas questões de política externa? E quem serão os amigos preferenciais do Brasil?

Poucos duvidam da importância da família para a pessoa, a sociedade e a nação. No entanto, a família não é tema de debates políticos. Estudos sociológicos têm demonstrado que a ausência da família, ou a impossibilidade de cumprir a missão que lhe é própria, está na origem de graves males; quando um governo descuida e desprotege a família, deixa uma herança pesada de problemas à sociedade e chama a si muitas responsabilidades que poderiam ser bem melhor assumidas pela família, que tem um papel social insubstituível; por isso ela merece toda a atenção dos governantes e legisladores. Não seria hora de ter no Governo brasileiro um Ministério voltado para as questões da família?

A família precisa de políticas públicas para o acesso à moradia digna, alimentação e educação de qualidade. O trato privilegiado da saúde materna e infantil seria um investimento de elevado retorno social; a adoção poderia ser mais incentivada; a educação sexual não deveria ser desvinculada da formação para atitudes eticamente e socialmente responsáveis, nem dos valores do casamento e da família bem constituída, condições para acolher bem os novos brasileirinhos. Será que é bom para o futuro do país que um percentual elevado de crianças nasça fora de uma família constituída? Que a sustentação e educação do filho fique a cargo de um dos genitores apenas? Os programas de repressão da natalidade levaram o Brasil a uma queda brusca do número de filhos por casal e isso foi celebrado como um avanço importante. Seremos, em breve, uma população de idosos, como já acontece em outros países, e os governos precisarão fazer políticas de incentivo à natalidade…

Questão espinhosa para os candidatos é o pleno respeito à dignidade da pessoa e à sua vida em todos os momentos do existir. Questões como o aborto, a eutanásia, a manipulação de seres humanos nas pesquisas científicas acabam sendo evitadas, ou tratadas de maneira evasiva: “Vamos tratar disso como questão de saúde pública…” “Vamos submeter a um plebiscito…” O direito à vida não pode ser submetido ao arbítrio da maioria. O aborto deveria, sim, ser tratado como questão de saúde pública, mas para melhor proteger a vida dos nascituros contra toda agressão, amparar as gestantes, dando-lhes condições de levar a gravidez até o fim e de dar à luz com dignidade a seus bebês. Gravidez e maternidade não são enfermidades! Mas se, por saúde pública, é sinalizada a facilitação ou a legalização do aborto, não estamos mais diante de uma política de saúde. Inútil abrandar as coisas com conceitos como “despenalização do aborto” ou “antecipação do parto”. A crua realidade não muda e o aborto voluntário é sempre a supressão direta da vida de um ser humano.

Política pública de saúde seria também a aplicação da lei em vigor, fechando as clínicas clandestinas de abortos e penalizando os responsáveis! Seria ainda a oferta de apoio efetivo às gestantes em dificuldades, bem o chamado à responsabilidade do pai biológico e o cumprimento da lei em vigor, no que se refere à proteção e defesa da mãe e do filho ainda por nascer. Com freqüência ouvem-se cálculos, de fato nunca comprovados, de que no Brasil os abortos clandestinos seriam mais de um milhão por ano. Um milhão de seres humanos eliminados antes de nascer! E, com eles, muitas mulheres morrem ou levam problemas para o resto da vida! Isso deveria merecer alguma atenção política!

Os candidatos aos cargos de deputado federal e senador, se eleitos, terão a responsabilidade de fazer leis sobre essas questões. Suas posições e as de seus partidos, sobre o assunto são conhecidas? Os eleitores têm o direito de saber, para votar conscientemente.

Card. Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Artigo publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, dia 14.08.2010

domingo, 22 de agosto de 2010

 Importante esclarecimento:

Queremos que Bonner e Fátima façam as perguntas a Lula que o Reinaldo Azevedo sugere para a entrevista do Jornal Nacional:

1) O senhor prometeu criar 10 milhões de empregos e chegará ao fim do mandato criando quatro milhões. Neste tempo, a renda da classe média caiu, e os empregos gerados se concentram na faixa de até 2 salários mínimos. A chamada distribuição de renda do seu governo não se faz à custa do empobrecimento dos menos pobres?

2) O Senhor disse que banqueiro lucra no seu governo e, por isso, não precisa de Proer. O Senhor sabe quantos Proers o Brasil paga por ano para sustentar os juros reais mais altos do mundo?

3) O seu filho, até bem pouco tempo antes de o Senhor assumir a Presidência, era monitor de Jardim Zoológico e, hoje, já é um empresário que a gente poderia classificar de milionário. O Senhor não acha uma ascensão muito rápida?

4) Genoino sabia do mensalão. Silvio Pereira sabia do mensalão. Dirceu sabia do mensalão. Ministros foram avisados do mensalão.
Só o senhor, da cúpula, não saberia. O senhor não acha que, nesse caso, não saber é tão grave quanto saber? E se houver mais irregularidades feitas por amigos seus que o senhor ignore?

5) Presidente, na sua gestão, as invasões de terra triplicaram, caiu o número de assentamentos e mais do que dobrou o número de mortos no campo. Como o senhor defende a sua política de reforma agrária?

6) O senhor não tem vergonha de subir em palanque onde estão mensaleiros e sanguessugas?

7) Presidente, em 2002, o Brasil exportava a metade do que exporta hoje, e o risco país era sete ou oito vezes maior. O país pagava 11% de juros reais. Hoje, continuamos a pagar mais de 10%. Como o senhor explica isso?

8) Em 2002, o governo FHC que o Senhor tanto critica repassou para São Paulo, na área de segurança, R$ 223,2 milhões.
Em 2005, o seu governo repassou apenas R$ 29,6 milhões. Só o seu avião custou R$ 125 milhões.
Não é muito pouco o que foi dado ao Estado que tem 40% da população carcerária do país?

9) Quando o Senhor assumiu, o agro negócio respondia por mais de 60% do superávit comercial. Quase quatro anos depois, o setor está quebrado, devendo R$ 50 bilhões. O Senhor não acha que o seu governo foi um desastre na área?

domingo, 25 de julho de 2010

VIDA DOM DE DEUS

Bispo de Guarulhos pede que fiéis não votem em Dilma

Apesar de ressalvar a importância entre a separação da política e da religião, o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, publicou na última segunda-feira (19) um artigo no site da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na qual recomenda que "verdadeiros cristãos e católicos" não votem na candidata à presidência pelo PT, Dilma Rousseff. O que motiva o pedido do bispo é a posição da petista em relação ao aborto. "A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita (...) não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto", escreveu Dom Luiz.
Sob o título "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", o texto de Bergonzini defende a interferência dizendo que a Igreja Católica deve se manifestar em campanhas eleitorais em casos em que um "partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família". O Bispo fez menção na nota aos Congressos Nacionais do PT de 2007 e 2010 no qual o partido ratificou o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), no qual se posicionou publicamente a favor da legalização do aborto.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou em maio, no encerramento de sua 48.ª Assembleia Geral, em Brasília, uma declaração na qual incentivou os cidadãos a escolher "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana".

domingo, 18 de julho de 2010

Deputado anuncia expansão do Centro Paula Souza na Baixada Santista


Matéria publicada originalmente no período Jan/2008 - Março/2010. 
 
O município de Praia Grande abrigará o primeiro Centro Educacional em Petroquímica e Gás Natural (Cepeg). A futura unidade vai funcionar no prédio que o Centro Paula Souza irá construir no terreno a ser doado pela Prefeitura. A informação foi anunciada pelo deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) após audiência com a superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, no último dia 29. O Cepeg deve iniciar as atividades no segundo semestre de 2009. Também houve a confirmação do Curso de Tecnologia em Gestão Empresarial com ênfase em Comércio Exterior, pela Fatec de Praia Grande, para o início de 2009.
Também participaram a secretária municipal de Educação, Maura Lígia Costa Russo, o diretor da Fatec de Praia Grande, Nilson Carlos da Silva e a diretora da Etec local, Sônia Celina Budin.
Para receber todos os cursos, o prédio onde funciona a Fatec e Etec precisa passar por adequações físicas, ao custo aproximado de R$ 500 mil. O dinheiro da obra será liberado por meio de emenda orçamentária do deputado Paulo Alexandre.

Paulo Alexandre Barbosa 45633 Paulo Alexandre Barbosa: deputado mais jovem e o quinto mais votado do Estado de SP


Deputado mais jovem eleito com o maior número de votos – 182 mil 654 – na história do Estado de São Paulo, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) sempre acreditou que o acesso à educação integral e de qualidade constitui ferramenta essencial para o pleno desenvolvimento humano
Sua crença está alicerçada em sua própria trajetória pessoal e familiar. Nascido em 9 de janeiro de 1979, Paulo Alexandre teve como balisador a trajetória de seu pai, ex-engraxate que chegou a ser prefeito do município de Santos, no Litoral de São Paulo, graças ao esforço empreendido nos estudos e na vida profissional.

Inspirado pelos ideais familiares, ainda na universidade, Paulo Alexandre, que é advogado, foi presidente do centro acadêmico do curso de Direito. Com apenas 22 anos, ingressou na política a convite do professor Gabriel Chalita. Neste período atuou como assessor na Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer e se filiou ao PSDB, tendo sua ficha assinada pelo então governador Geraldo Alckmin.

Em 2002, já atuava na Secretaria de Estado da Educação como assessor especial do secretário, sendo designado, posteriormente, para a direção de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), onde se destacou em atividades de coordenação.
Como reconhecimento ao trabalho realizado na FDE, foi nomeado, em 2004, secretário-adjunto de Estado da Educação pelo governador e amigo Geraldo Alckmin, tornando-se responsável pela implementação de programas e projetos estratégicos para o Governo de São Paulo.
Neste mesmo ano, foi convidado para proferir palestra no Fórum Mundial da Juventude, organizado pela Unesco, em Barcelona, na Espanha. Na ocasião, abordou o tema “Linguagem como violência, violência como linguagem”.

Como secretário-adjunto de Estado da Educação, Paulo Alexandre ajudou a administrar 6 mil escolas, 6 milhões de alunos e 300 mil funcionários. No período no qual permaneceu na pasta, implantou e coordenou o maior programa de bolsas de estudo do país: o premiado Escola da Família, que possibilitou a abertura de todas as escolas estaduais aos finais de semana, transformando-as em centros de conveniência.
A iniciativa pioneira teve o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Um dos méritos do programa foi a redução histórica nos índices de evasão escolar e de casos de violência nas proximidades dos colégios
Sob sua  coordenação, o Escola da Família beneficiou cerca de 50 mil jovens com a oferta de bolsas universitárias totalmente gratuitas.

Paulo Alexandre entrou ainda para a história do Estado de São Paulo como o mais jovem secretário de Estado da Educação, ocupando por quatro vezes a titularidade da principal secretaria estadual, responsável por um orçamento anual de R$ 14,7 bilhões.
Afastou-se do cargo apenas para concorrer a um mandato na Assembléia Legislativa. Em sua estréia eleitoral, conquistou a confiança da população em 635 dos 645 municípios paulistas. Ou seja, obteve votos em mais de 98% das cidades do Estado, algo raro para um iniciante na política. Dos 94 parlamentares eleitos, foi o quinto mais votado no Estado e o segundo do PSDB.
Na Assembléia Legislativa, Paulo Alexandre desenvolve trabalhos voltados às áreas da Educação, Cidadania, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico Sustentado. Como instrumento de estímulo à participação popular, promove periódicas audiências públicas para a discussão de projetos que interferem diretamente na vida da população paulista.

Paralelamente, criou em 2007 o Instituto Metropolitano de Pesquisas Acadêmicas e Consultoria Técnico-Operacional (Impacto), que conta com a participação de 14 instituições de ensino superior da Baixada Santista. Como presidente do Impacto, idealizou e coordenou o Porto Universidade, projeto que permitiu traçar um detalhado diagnóstico sobre a mão-de-obra portuária e os reflexos do Porto de Santos na economia das cidades da região.
O trabalho desenvolvido pelo Porto Universidade representa, hoje, uma das principais referências literárias sobre o tema portuário no País, consolidando-se como fonte de consulta obrigatória de estudantes e pesquisadores.

Paulo Alexandre dedica-se ainda à Fundação Paulo Gomes Barbosa (Pagoba). A instituição filantrópica e sem fins lucrativos foi criada em 2003 em homenagem ao pai, que passou a infância e juventude no Morro do Pacheco, na cidade de Santos. Como diretor de Projetos e Parcerias da entidade, trabalha para garantir atendimento gratuito a 200 crianças, com a oferta de creche e de atividades de esporte, cultura, informática, lazer e reforço escolar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

SOS

SOS Pernambuco e Alagoas: uma campanha para salvar vidas

A Cáritas Brasileira Regional Nordeste II e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Regional Nordeste 2 (CNBB-NE2) lançam hoje (23) campanha de emergência intitulada “SOS Pernambuco e Alagoas” em favor dos atingidos pelas chuvas. As doações poderão ser depositadas no Banco do Brasil, Agência 3505-X, Conta Corrente 5821-1.  
Os estragos provocados pelas inundações provocaram, segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, mais de 40 mortes nos dois estados. A catástrofe contabiliza, de acordo com dados de ontem (22), 29 mortes em Alagoas e, 15, em Pernambuco. De acordo com a Defesa Civil de Alagoas, esses números podem aumentar à medida que as equipes de socorro enviem novos dados.
A situação foi criada pelo aumento do nível das águas nas cabeceiras dos rios, situados em Pernambuco, os quais, hidrograficamente, deságuam na região do Vale do Paraíba, Vale do Mundaú e Vale do Camaragibe. A falta de água, de alimentos, de abrigo, dentre outras, atinge mais de 200 mil pessoas nos dois estados.
ALAGOAS – Em Alagoas, segundo os boletins oficiais, o rio Mundaú subiu seis metros repentinamente na sexta-feira (18), causando enchente no Vale do Mundaú. Há registro de que 177.282 pessoas foram afetadas pelas chuvas e 607 desaparecidos, dos quais 500 vítimas somente no município de União dos Palmares. Até agora, 26.141 pessoas estão desabrigadas e 47.687 estão desalojadas. Há 21 municípios desse estado atingidos e 15 deles decretaram situação de calamidade pública. Mais de 4 mil casas foram destruídas.
Os óbitos em Alagoas foram registrados nos municípios de União dos Palmares; Murici; Branquinha; Rio Largo; Santana do Mundaú; Joaquim Gomes; e Paulo Jacinto. Em Alagoas, 17 municípios estão em estado de emergência: Santana do Mundaú; Joaquim Gomes; São José da Laje;União dos Palmares; São Luiz do Quitunde; Matriz do Camaragibe; Jundiá; Jacuípe;Branquinha; Paulo Jacinto; Quebrangulo; Capela; Cajueiro; Atalaia;Viçosa; Rio Largo; Murici.
As 15 cidades em situação de calamidade pública são Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Lage, União dos Palmares, Jacuípe, Branquinha, Paulo Jacinto, Quebrangulo, Capela, Cajueiro, Atalaia, Viçosa, Rio Longo, Satuba e Murici.
PERNAMBUCO – Em Pernambuco, os registros da Defesa Civil estadual indicam que 54 municípios foram afetados pelas chuvas, dos quais 30 estão em situação de emergência e outros nove em situação de calamidade pública decretados pelo governador Eduardo Campos. Ainda de acordo com a Defesa Civil, 42 mil pessoas tiveram de deixar suas casas; 17.808 estão desabrigadas e, 24.552, desalojadas.
Em estado de calamidade pública, encontram-se nove municípios: Água Preta, Barra de Guabiraba, Barreiros, Correntes, Cortês, Jaqueira, Palmares, São Benedito do Sul e Vitória de Santo Antão. Outros 30 estão em situação de emergência: Agrestina, Altinho, Amaraji, Belém de Maria, Bezerros, Bom Conselho, Bonito, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Catende, Chã Grande, Escada, Gameleira, Gravatá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Joaquim Nabuco, Maraial, Moreno, Nazaré da Mata, Palmeirina, Pombos, Primavera, Quipapá, Ribeirão, São Joaquim do Monte, Sirinhaém, Tamandaré, Vicência e Xexéu.
Mais 15 municípios de Pernambuco foram afetados pelas chuvas:Abreu e Lima, Aliança, Angelim, Araçoiaba, Belo Jardim, Cachoeirinha, Igarassu, Itamaracá, João Alfredo, Jurema, Limoeiro, Olinda, Paulista, Recife e São Lourenço da Mata.
Durante uma das plenárias da IV Conferência Nacional das Cidades, em andamento desde 19/6 e prosseguirá até 26, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse à imprensa que o governo federal vai enviar cerca de R$ 1,2 bilhão para socorrer dois estados e para apoiar os governadores estaduais Teotônio Vilela Filho (Alagoas) e Eduardo Campos (PE). Há informações da imprensa de que o governo vai enviar também mais R$ 300 milhões para reconstrução das cidades destruídas.
Em Pernambuco, houve a distribuição, até agora, do total de 191,5 toneladas de alimentos e outras 52 de água foram entregues nos municípios mais afetados. Em Alagoas, 15 mil cestas doadas pelas CONABs de São Paulo, do Ceará, de Minas Gerais, e do Rio Grande do Sul, bem como oito mil cestas doadas pela CONAB de Alagoas, já foram doadas nos locais mais necessitados. São Paulo e Rio Grande do Sul também doaram 21 mil toneladas de alimentos, cobertores, roupas.
* Assessora de Comunicação da Cáritas Brasileira

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Imagem de Destaque

Vivendo a terceira idade

Aprender a vivenciar as etapas de vida
"Se você acha que está velho demais para fazer o que gosta, esqueça. É nessa época que muita gente redescobre as coisas boas da vida" (TESSARI, O.).

Ao pensarmos no ciclo de vida de cada um de nós, chegamos às maravilhas de Deus em cada etapa de nossa existência e que viver bem cada fase é uma necessidade que temos.

Na terceira idade, fase que engloba pessoas a partir dos 60, sabemos que para a grande maioria a aposentadoria já chegou, que geralmente os filhos já estão encaminhados em suas vidas, com emprego e família estruturadas.

Quer dizer que já fiz tudo e pronto? Não! Temos uma etapa muito bonita da vida, olhando com outros olhos. Chegou a hora de curtir netos, filhos, esposa, aquela viagem para o lugar que você gosta de estar. Colecionar um determinado produto, fazer o que se gosta e manter a mente em funcionamento, tudo isso é segredo essencial para uma vida de qualidade.

Manter a mente ocupada é muito importante. É verdade aquele ditado que diz "Mente parada só pensa bobeira". Todos nós, independentemente da idade, precisamos de atividades que mantenham nosso cérebro ativo: ler um livro, um jornal, jogos que exercitem o pensamento, fazer palavras cruzadas, cuidar de si (saúde, aparência), alimentar-se de forma adequada e não nos esquecer dos cuidados médicos. Todo esse conjunto contribui para que as pessoas que já chegaram à terceira idade revisem seus hábitos e possam melhorá-los.

Esta sensação de “não ser mais útil”, na verdade, tem relação com o sentimento de não ser mais responsável pela guarda e cuidado dos filhos, ou ainda, de não ser mais o principal elemento a trazer o sustento financeiro para a família. Por ser uma fase representada como um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam relegados a uma situação de abandono, de desprezo por conta da ausência de papéis sociais, muitos deles acabam criando uma crença negativa que acabamos assumindo como verdade e, a partir daí, permitindo que sentimentos negativos ou de menos valia, sejam cada vez mais destacados e assumidos como uma verdade pessoal.

Neste sentido, é importante que tenhamos outros objetivos de vida, além do trabalho e do cuidado dos filhos. Atividades culturais, religiosas, sociais, um grupo de amigos, ajudar as pessoas que precisam, ser voluntário ou descobrir um novo talento são várias possibilidades de se manter ativo e saudável e evitar um processo depressivo ou doenças oportunistas que nos atingem quando estamos mais tristes.

Aprender a vivenciar as etapas de vida faz com que tenhamos amor pela vida e pelo envelhecer, que é uma etapa da família, as quais, quando vivida com amor, não deixam possibilidades para depressão e apatia.

Vencer preconceitos com relação ao envelhecimento (vamos lembrar que a população mundial está envelhecendo) é necessário, pertinente e uma meta para cada um de nós que tem ou terá um idoso em sua convivência e vive ou viverá essa fase.

Bem como os jovens, o idoso deve manter viva a chama da vontade, do desejo de acreditar e que pode ousar. Talvez, não tenha mais a mesma mobilidade física ou a memória de um jovem – são algumas perdas que podem ser acarretadas com a idade - mas certamente, uma rica história de vida e de maturidade, que, por si só, já é uma grande aliada da vida de cada idoso.

Que cada um de nós possa assumir também a realidade da terceira idade e quebrar com tantos preconceitos e dificuldades ainda existentes em nosso papel de cristãos, cidadãos e seres humanos!

sábado, 19 de junho de 2010

Desenvolvimento Social e Politica publica

Desenvolvimento social e política pública Em sentido horário: a superintendente da Rede de Desenvolvimento Social, Silvia Helena Gonzaga; a ministra Márcia Lopes e o professor Gabriel Chalita O desenvolvimento social como forma de concretizar o compromisso com a dignidade humana. Esse foi o eixo central das palestras e debates do I Encontro Rede de Desenvolvimento Social Canção Nova, que aconteceu durante toda a tarde desta sexta-feira, 18. O Auditório São Paulo, na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), acolheu o evento. O professor Gabriel Chalita falou sobre "Dignidade Humana: um desafio educacional e social". Já a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, proferiu a palestra "O desafio da assistência social frente às políticas públicas e o desenvolvimento social do país". Também houve um debate com questões levantadas pelo público presente e outras enviadas através do twitter - http://twitter.com/socialcn. .: Veja fotos no Flickr "O trabalho social da Canção Nova é tradução do Evangelho. Buscamos acolher e trabalhar com a pessoa inteira", destacou a superintendente da Rede, Silvia Helena Gonzaga. Logo no início do Encontro, ela afirmou que o trabalho social faz parte do dom Canção Nova. A madrinha da Rede e cofundadora da Comunidade Canção Nova, Luzia Santiago, explica o que isso significa: "Não evangelizamos apenas através do anúncio da Palavra de Deus, do kerygma, mas também dando nossa contribuição para diminuir a exclusão social, e isso desde o início da Comunidade. Para nós, esse trabalho significa o derramamento do anúncio do Evangelho - quem conhece a Boa Nova quer ajudar na construção de uma sociedade melhor, fazer cumprir as Bem-Aventuranças", diz. Mais de 500 pessoas participaram do Encontro, entre lideranças do Terceiro Setor, estudantes, autoridades, empresários e representantes de órgãos públicos, prefeituras e secretarias de assistência social do Vale do Paraíba (SP) e do Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro. A TV e a Rádio AM do Sistema Canção Nova de Comunicação transmitiram o evento ao vivo. Dignidade humana O professor Gabriel Chalita salientou que Dignidade Humana (DH) é "cuidar da pessoa toda e de todas as pessoas", no sentido de uma atenção integral a todas as dimensões de todas as pessoas. Citando as cartas encíclicas de Bento XVI, ressaltou o posicionamento do Pontífice quanto à necessidade desse cuidado integral. Chalita indicou a educação como a política mais forte de inclusão social, pois ensina a pessoa a ser, conviver, conhecer e fazer - elencando os pilares da Unesco para a educação. Da mesma forma, lembrou que política social não é pena, mas compaixão: "colocar-se com o coração próximo ao coração do outro", afirmou. O risco do reducionismo das políticas sociais a estatísticas também foi alertado. "Política social é acolhimento. Conjugar o verbo cuidar é essencial para a construção da Dignidade Humana, da Ética", disse Chalita. Para isso, o diálogo e parceria entre Estado e instituições não governamentais é fundamental. "É uma época de parceria, pois o Estado não conseguirá resolver nada sozinho e as entidades, sem o aporte estatal, também não". E finalizou: "Nosso desafio como cristãos e cidadãos é permitir que ninguém mais seja invisível". Políticas públicas A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, enfatizou o desafio de coordenar as políticas públicas em um país que abarca uma complexidade tão grande de relações, como é o caso do Brasil. "Com a criação desse Ministério, em 2004, saiu-se do entendimento da assistência social como benemerência ou assistencialismo. Buscamos fazer com que o sistema descentralizado que hoje existe possa ganhar o status de política pública, que deve ser organizada e formatada a partir de certas metodologias específicas". Márcia também ressaltou a obrigação de se fazer avaliação e monitoramento contínuos dos recursos aplicados nos diversos municípios.