terça-feira, 8 de junho de 2010

Jovens estão mais dependentes da tecnologia, mostra pesquisa Renata Loures
Canção Nova Notícias
Você conseguiria passar várias horas sem celular e sem internet, ou isso te faria sentir medo? A nomofobia, ou dependência tecnológica, é um distúrbio cada vez mais comum, principalmente entre os jovens. Quem conta essa história é a repórter Renata Loures.

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Um notebook, quatro chips de diferentes operadoras e três telefones celulares. Um deles também recebe emails e se conecta a internet. E a comunicadora Michelly Ribeiro consegue usar tudo ao mesmo tempo. A intenção é estar sempre à disposição para quem quiser contactá-la. Privá-la de tecnologia? Nem pensar.

“Acho complicado, ainda mais na minha área, eu sempre tenho que estar atenta, eu sinto um pouco de dificuldade”, confessa Michelly.

Durante toda nossa conversa com Michelly notamos o empresário Tiago dos Santos. O tempo todo ele estava concentrado em seu celular, se quer olhava para o lado. Fomos falar com ele.

- Nós estamos te vendo com o celular, o que você está fazendo?
- Na internet, responde Tiago.
- Você está sempre conectado?, pergunto.
- Às vezes, às vezes tô conectado. Não consigo ficar sem o celular de jeito nenhum.
Insisto: - O que sente quando você fica sem o celular ou a internet?
- Eu me sinto preso, eu preciso de celular todo o tempo, internet o tempo todo.

Michelly e Tiago não estão sozinhos. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria, um em cada seis jovens são dependentes de tecnologia.

Esse comportamento de ansiedade exagerada ao ficar incomunicável ou desconectado é chamado de nomofobia. Em muitos casos, a pessoa passa a prezar mais a comunicação pelo celular ou pela internet do que o próprio contato pessoal.

A nomofobia tem sintomas físicos como taquicardia, falta de ar, angústia, suores frios e dores de cabeça. Mas a psicóloga Ana Carlota Pinto Teixeira alerta que o problema maior está na substituição da vida real pela vida virtual.

"Tem pessoas que não aguentam ficar sem internet ou celular mas não conversam nem com quem está ao lado", explica Ana Carlota.

Essa preocupação Michelly garante que tem. Para ela, celular e internet são facilitadores dos seus contatos pessoais e não substitutos.

“Procuro sempre reunir os amigos, pela net isso facilita, por exemplo, tenho amigos à distância, ajuda muito a manter contato”.

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